O Oficina da Net já noticiou que muitas pessoas estão reclamando do aplicativo Secret, e acusando os usuários por mentiras e difamação. Agora, um promotor do Espírito Santo entrou com pedido de bloqueio do Secret.

Marcelo Zenkner, na ação civil pública, solicita que o Google, Apple e Microsoft não forneçam mais o serviço para os brasileiros. Além disso, o promotor do Ministério Público (MP) solicita que o aplicativo seja removido dos aparelhos dos usuários que já o tenham instalado e ainda pede uma indenização de R$ 90 mil.

Conforme Zenkner, o aplicativo, por permitir o envio de mensagens anônimas, possibilita o bullyng. "O anonimato mostra-se absolutamente incompatível com tais premissas balizadoras de nosso sistema, assim como o aviltamento, in casu gratuito, despropositado e desmedido, à honra e à imagem de qualquer pessoa", escreve o promotor Zenkner. "O aplicativo 'Secret' fornece o instrumento apto ao cometimento daquilo que, corriqueiramente, tem sido chamado de 'bullying virtual'."

O promotor salienta também que o aplicativo não está de acordo com as leis do Brasil. Conforme a Constituição brasileira é permitida a livre manifestação do pensamento, porém, não de forma anônima. Além do mais, Zenkner cita o direito à imagem, privacidade, intimidade dignidade e alega que os brasileiros estão sendo violados através do Secret.

Para o promotor, "as exigências constitucionais o direito à imagem, à privacidade, à intimidade, à honra e, principalmente à dignidade da pessoa humana, estão sendo acintosamente violadas" por Google e Apple "ao disponibilizarem aos usuários o aplicativo 'Secret'".

O promotor diz que é necessário uma medida urgente, já que uma pessoa pode ser prejudicada em decorrências das ofensas sofridas no Secret. Ele ainda menciona a grande dificuldade de apagar as mensagens distribuídas através do aplicativo.

O Secret permite que segredos sejam contados, sem que a identidade do autor da mensagem seja revelada. Por permitir o anonimato, muitas mensagens que estão circulando através do aplicativo são difamatórias e mentirosas, o que acaba prejudicando a pessoa envolvida.

Fonte: G1