No domingo à noite a sonda Maven da Agência Espacial Americana (Nasa) começou a orbitar Marte. O objetivo é estudar a modificação do clima no planeta vermelho no decorrer do tempo.
"Com base nos dados observados de navegação, parabéns. Maven está agora em órbita", anunciou Dave Folta, do centro Goddar de voos espaciais da Nasa.
De acordo com o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), localizado em Pasadena, Califórnia, a sonda Maven (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) entrou na órbita de Marte às 23H24 (domingo, horário de Brasília).
A sonda não tripulada, que pesa 2,45 toneladas, foi lançada em novembro do ano passado de Cabo Canaveral, na Flórida. Maven viajou por 711 milhões de quilômetros até se aproximar de Marte, durante 10 meses. Através da sonda, os pesquisadores conseguirão obter mais detalhes sobre as camadas da atmosfera do planeta vermelho.
Através dos dados coletados através da sonda os cientistas conseguirão compreender o que ocorreu com a água em Marte e o dióxido de carbono de sua atmosfera há bilhões de anos. Além disso, os pesquisadores conseguirão encontrar respostas sobre a mudança de clima, no caso, de quente e úmido para frio e seco.
A sonda também poderá ajudar no entendimento sobre como os humanos sobreviveriam em uma possível missão a Marte, que deverá acontecer em 2030.
A Maven também permitirá uma preparação melhor das futuras missões tripuladas ao planeta vermelho a partir de 2030",diz o diretor da Nasa, Charles Bolden.
A sonda Maven precisará de alguns meses para calibrar os seus instrumentos e após iniciará uma missão de ano para estudar os gases das camadas da atmosfera de Marte, e como ela interage com o Sol e os ventos solares.
"Como primeiro veículo a estudar a alta atmosfera de Marte, a Maven aumentará claramente nossa compreensão da história da atmosfera marciana e como o clima mudou durante o tempo, assim como impacto sobre a evolução do ambiente na superfície e a habitabilidade potencial do planeta", destacou Bolden.
"O conjunto de instrumentos a bordo da Maven tem o propósito de encontrar as peças que faltam ao quebra-cabeça da história de Marte", disse David Mitchell, coordenador do projeto da Nasa.
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