O satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto Cbers-4, que foi lançado ontem à 1h26min (no horário de Brasília, 11h26 em Pequim) da base de Taiyuan, localizada a 700 quilômetros da capital da China, já forneceu as primeiras informações pós-lançamento.
O lançamento foi acompanhado na China pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, o presidente da AEB, José Raimundo Coelho, e o diretor do Inpe, Leonel Perondi.
"O Cbers-4 é fruto de parceria entre o Brasil e a China e, entre suas muitas aplicações, está o monitoramento do desmatamento na Amazônia", disse a presidente Dilma Rousseff na sua conta no Twitter. Segundo ela, o satélite amplia a cooperação Sul-Sul, já que irá oferecer imagens aos países da América Latina e também da África.
Este satélite, o Cbers-4, é o quinto equipamento de sensoriamento remoto produzido em parceria com Brasil e China. O satélite foi lançado pelo foguete chinês Longa Marcha 4B.
O satélite pesa duas toneladas e está equipado com quatro câmeras. Ele é capaz de fazer imagens da Terra em baixa resolução em cinco dias. Já em média resolução as imagens podem ser feitas em 26 dias, e em alta, sobe para 52 dias.
Primeiros dados orbitais foram enviados às 2 horas, quando o satélite atingiu 742,5 quilômetros de altitude, informou a Agência Espacial Brasileira (AEB). O satélite completa uma órbita em torno da Terra a cada 90 minutos, totalizando 14 voltas no planeta por dia. Às 10 horas desta segunda-feira (08), irá acontecer a primeira passagem pelo Brasil.
O Cbers-4, de acordo com a AEB, possui vida útil estimada em três anos. As imagens feitas pelo satélite serão distribuídas de forma gratuita para milhares de usuários, e poderão ser usadas para monitoramento ambiental, agrícola e também planejamento urbano.
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