Olá, lembram-se do bom período experimentado pela Microsoft no nosso último post? Se você não leu ainda, clique aqui. Continuando:
Seguindo a "remodelação" de mercado que a empresa havia começado com o Xbox, a empresa lançou, em 2008, sua loja virtual nos Eua, onde a partir de agora, seus usuários poderiam baixar tudo diretamente de um local, eliminando a mídia física, além de poder comprar videogames, acessórios, mouses, teclados, linguagens de programação, etc.
O ano de 2009 começou com mudanças significativas na MS. Pela primeira vez em muitos anos, a abertura do Consumer Electronics Show (CES) foi apresentada por Steve Ballmer, e não por Bill Gates, que se distanciava cada vez mais do posto de liderança da empresa e entrava cada vez mais no mundo da beneficência. Nesta ocasião foi apresentada a primeira versão beta do Windows 7.
A versão começou a ser comercializada em outubro de 2009, e embarcou na grande onda de venda de notebooks, que se tornaram, pela primeira vez, mais baratos que os desktops e os superaram em número de unidades vendidas. Esta versão do Windows foi avaliada por 8 milhões de testadores beta antes de seu lançamento, segundo a MS. Incluia novas maneiras de trabalhar com janelas, recursos de ajuste, espiada e tremulação, além de dar início ao Windows Touch, que permite aos usuários com tela sensível ao toque navegar pela Internet, ver fotos e abrir arquivos e pastas sem um mouse ou teclado.
O Windows 7 vendeu em seus primeiros 6 meses, mais de 100 milhões de unidades, totalizando mais de 450 milhões de cópias comercializadas em menos de 2 anos. O Windows 7 é, até hoje, a versão mais vendida do sistema operacional.
2009 marcou a história da empresa por outros fatores. Foi o ano, por exemplo, em que, a loja virtual da MS saiu da web e foi para as ruas, literalmente. Assim como outras gigantes do mundo da tecnologia, a empresa de Bill Gates coloca em funcionamento a Microsoft Store, uma rede de lojas que já conta com mais de 110 unidades pelo mundo, sendo 103, apenas nos Estados Unidos.
Também em 2009 a empresa lançou o seu serviço de buscas para concorrer diretamente com o maior rival, o Google. A aposta da MS é o Bing, que até hoje ainda não decolou, sendo responsável por menos de 5% das buscas feitas na web, contra 88% do Google e 4,26% do Yahoo. Embora tenha rapidamente superado o tradicional Yahoo, a aposta, no entanto, ainda não deu certo, e o Bing dá, hoje, um prejuízo de cerca de US$ 200 milhões de dólares POR MÊS à empresa.
Em 2010 foi a vez companhia apostar no mercado da telefonia móvel, com 2 lançamentos. O primeiro deles foi um total fracasso, o Microsoft Kin, que durou incríveis 48 dias. Para piorar, o MS Kin foi o resultado - falho - de anos de desenvolvimento e bilhões de dólares investidos em pesquisa. Os números de vendas apontam entre 500 e 10.000 unidades vendidas. Uma verdadeira mancha na biografia da empresa.
A segunda aposta do ano no mercado dos smartphones foi o lançamento do Windows Phone 7, um novo sistema operacional, desenvolvido especialmente para as plataformas móveis. Privilegiando conteúdos de mídia como música, games e fotos e trabalho, o sistema foi mais uma tentativa de bater de frente com o Google e seus Androids, e também com o iPhone da Apple.
Mas 2010 não é marcado só pelas plataformas móveis. Nesse ano a suíte de aplicativos para escritório mais famosa do mundo, o Office, ganhou uma nova versão, o Microsoft Office 2010, sucessor do Office 2007. Lançado no meio do ano, esta versão inaugurou dos web apps para o Office que são versões online de documentos e modelos de Word, Excel, PowerPoint e OneNote. Os softwares receberam também uma versão mobile para os smartphones que rodassem o recente sistema operacional Windows Phone 7. O sucesso do Office 2010 foi gigantesco, já que, cerca de 1 ano e meio após seu lançamento, no final de 2011, quase 200 milhões de licenças haviam sido comercializadas.
No ano seguinte a empresa anunciou a compra do Skype por US$ 8.5 bilhões, aumentando assim sua oferta de comunicação em vídeo e voz em tempo real e sepultando o saudoso MSN, Microsoft Messenger. A ideia era que a MS integrasse os recém "adiquiridos" 663 milhões de usuários do Skype à rede Windows Live, Xbox Live, o gerenciador de e-mail Outlook, além de ser usado, também, no sistema operacional Windows Phone.
Em 2012 o mundo não acabou, e, aliás, foi um grande ano para a empresa, que apresentou seu novo logo, mostrando a reformulação pela qual estava passando e diversos produtos. Um deles foi o Windows Surface. A linha de tablets/ultrabooks entrou no mercado para competir de igual para igual com o iPad da Apple, dono inconteste do mercado de tablets. Embora seja lindo e tenha boas ideias, o Surface já deu, até hoje um prejuízo de mais de 1,5 bilhão de dólares aos cofres da MS. O motivo foi a primeira versão que chegou, ao que parece, apressadamente, sem os testes devidos e necessários. O primeiro Surface recebeu críticas muito duras, devido a sua péssima configuração de hardware, touch bugado, bateria com pouquíssima duração e claro, Windows RT. Para você ter noção do desastre do Surface 1, veja alguns dos fabricantes que romperam com o projeto: Dell, Lenovo, Asus, HTC, Samsung, Acer, Toshiba e HP. Todas elas cancelaram a parceria por causa das limitações do SO. Por causa dessas a MS aposentou o RT e trouxe o Windows 8 para os Surfaces. Agora sim, parece que o produto está ganhando o devido sucesso, do qual é merecedor.
Terminamos essa parte por aqui, na próxima e final, veremos o lançamento do Windows 8, compra da Nokia, etc. Então, não percam. Até lá.
Siga para a parte final da história da Microsoft.
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