Nesta quinta-feira, 19 de Março, pesquisadores da NASA informaram que a sonda espacial "Maven" - Mars Atmosphere and Volatile Evolution - que circula Marte, detectou uma espécie de poeira misteriosa, além desta, também uma aurora vibrante, fenômenos esses antes jamais registrados e vistos no planeta vermelho. O fenômeno também conhecido como Aurora Boreal no planeta Terra, foi avistado em dezembro do ano passado, chegou a ganhar um nome todo especial, "Luzes de Natal" visto que neste mesmo mês na Terra os seus habitantes comemoram a época de Natal.
O comunicado foi feito durante a 46ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária que acontece no Texas, Estados Unidos. Neste comunicado, a NASA informa o seguinte: "Durante poucos dias antes do dia 25 de Dezembro, a sonda espacial Maven avistou um brilho de aurora ultravioleta abrangendo o hemisfério norte de Marte".
Vale salientar que uma aurora ocorre quando tempestades geomagnéticas desencadeadas por erupções no Sol provocam colisões entre partículas energéticas, elétrons + atmosfera, fazendo com que o gás que é liberado, brilhe.
Tal fenômeno vem intrigando os estudiosos, bem como um dos membros da equipe de Espectrografia e Imagem Ultravioleta da Universidade do Colorado, Arnaud Stiepen.
O que surpreende é como esse tipo de aurora pode ocorrer em uma área profunda da atmosfera; muito mais profunda do que na Terra ou em outros lugares de Marte; os elétrons que produzem este fenômeno devem ser muito energéticos".
Especialistas da NASA acreditam que a fonte de energia deste tipo de aurora que ocorre em Marte, seja o Sol, "pois a sonda em questão detectou um grande aumento de elétrons energéticos no começo do fenômeno", informa a Agência Espacial Norte Americana. No entanto, como disse no início desta matéria, não foi apenas a Aurora Boreal que a sonda Maven avistou, mas também uma nuvem de poeira jamais registrada em Marte, uma nuvem vista a cerca de 150 quilômetros acima da superfície do planeta.
Segundo a NASA, as possíveis fontes que deram origem a tal poeira, devem ser provenientes de Phobos e Deimos, as duas luas do planeta vermelho, pó se movendo no vento solar para distante do Sol ou ainda detritos de cometas que orbitam o Sol.
De acordo com a NASA, não existe processo em Marte deste tipo que pode explicar o surgimento de poeira nos locais observados a partir de qualquer uma destas fontes.
A sonda espacial Maven foi lançada em novembro de 2013 e desde então ela tem como missão estudar como Marte perdeu a maior parte de sua água e atmosfera.
Fonte: G1
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