Durante a 46ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária, que ocorre no Texas, Estados Unidos, um grupo de pesquisadores norte-americanos apresentaram os resultados de uma nova descoberta realizada em solo lunar por uma sonda da NASA; nesta mesma, o equipamento encontrou uma cratera de 200 quilômetros de diâmetro no satélite natural da Terra.
Jay Melosh, um dos pesquisadores do projeto durante sua explanação na conferência disse o seguinte: "Eu dirá que essa é a primeira descoberta de uma nova cratera lunar em um ou dois séculos, muito provavelmente, a cratera foi formada antes do Mare Serenitatis, ou seja, há mais de três milhões de anos, ficando coberta por esse "mar" que lá existia, destruindo a borda da cratera".
A descoberta foi feita quando os pesquisadores procuravam por evidências da existência de estruturas ocas por baixo da superfície da Lua, denominadas de "tubos de lava" ou "cavernas vulcânicas".
Jay ainda diz que: "Nunca ninguém evidenciou ou reconheceu essa cratera em virtude de sua borda quebrada, nem nós mesmos teríamos reconhecido se não fosse por sua gravidade ali existente, que mostra claramente uma grande anomalia circular".
Pra completar, Jay Melosh diz acreditar que a referida cratera sempre esteve ali, mas ninguém a via avistado em virtude da inexistência de dados adicionais, ou mais propriamente dito, o campo gravitacional. Durante a pesquisa realizada pela sonda da NASA, a mesma mediu inúmeras variações na aceleração da gravidade, obtendo assim dados dessa estrutura interna da Lua, que possui uma topografia irregular e dependendo da localização, há uma aceleração de gravidade diferente.
Ainda de acordo com o estudo apresentado pelos pesquisadores durante a referida conferência, poderia ali existir mais 12 crateras, mas suas "marcas" foram destruídas pelo impacto dos mares ou por partículas expelidas por crateras maiores.
A cratera lunar que foi encontrada e revelada nesta semana nos Estados Unidos, foi denominada de Amelia Earhart, em homenagem a primeira mulher que fez um voo solo no Oceano Atlântico, no ano de 1932.