A partir desta semana, a loja de aplicativos do Google começou a usar um sistema de classificação etária. A novidade está valendo para aplicativos e jogos e permite aos desenvolvedores categorizar os seus programas como Livre ou recomendado para usuários com 10,12,14,16 ou 18 anos. A mudança está de acordo com a implementação da IARC (International Age Rating Coalition, ou Coalizão Internacional de Classificação Etária, em tradução livre), que foi anunciada em outubro de 2013 pelo Ministério da Justiça.
Nesta semana, o Firefox Marketplace, loja de apps para navegadores Firefox e o sistema Firefox OS, também começou a usar o método. De acordo com o Ministério da Justiça, a classificação indicativa brasileira irá chegar em breve também à Xbox Live, PlayStation Network e eShop, lojas virtuais de games da Microsoft, Sony e Nintendo.
"Sabemos que pessoas de países diferentes têm ideias diferentes sobre qual tipo de conteúdo é adequado para crianças, adolescentes e adultos. Portanto, o anúncio de hoje ajudará os desenvolvedores a indicarem seus aplicativos para o público adequado", diz Eunice Kim, gerente de produto para Google Play, no blog oficial do Google.
Em linha com as práticas recomendadas pela indústria, esta mudança traz aos desenvolvedores uma maneira simples de usar sistemas de classificação que já são conhecidos pelos usuários de cada país, melhorando a descoberta e engajamento com os aplicativos ao deixar que as pessoas escolham o conteúdo mais adequado para elas", diz ainda a executiva.
O processo é agilizado pela ferramenta da IARC, que permite com que as próprias empresas enviem a classificação etária de seus softwares, de forma gratuita, para todas as regiões associadas. Ao invés de um longo período, o procedimento só dura cinco minutos e conta com os órgãos ESRB, da América do Norte, USK, da Alemanha, PEGI, da Europa, e Classification Board, da Austrália.
"O mercado digital de jogos e aplicativos cresce muito rapidamente com as lojas virtuais e os criadores de games podem distribuir seus produtos em nível mundial com um único procedimento. Esta nova realidade nos levou a um desafio regulatório e fomos capazes de responder com uma solução inovadora, prática e rápida", afirma em nota o ministro José Eduardo Cardozo.
Além disso, o Google também irá rever todos os aplicativos e jogos antes de anexar à loja, com isso, pretende melhorar a qualidade da Google Play. O objetivo é descobrir alguma violação de aplicativo ou mesmo malware, procedimento que a Apple aplica já faz algum tempo.
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