Segundo os astrônomos, as mudanças de órbita de Júpiter podem sim ter tido um papel fundamental no aparecimento da Terra; para chegar a essa conclusão, eles criaram um modelo experimental simulando a formação de Júpiter e Saturno, onde tal simulação mostra que em uma altura aonde o Sistema Solar ainda muito jovem, o planeta "gigante" entrou em rota de colisão com o Sol, aproximando-se bastante da zona mais interior do sistema.
Com esse estudo, os estudiosos entenderam que juntando a análise de outros sistemas planetários, a referida zona possui uma elevada probabilidade de encontrar superterras, planetas com órbitas que duram cerca de 100 dias e com algumas centenas de vezes a massa da Terra, algo inexistente em nosso sistema.
Exatamente nesse parâmetro que os estudiosos se apegam a suas conclusões, pois indicam eles que tudo gira em torno da migração orbital de Júpiter. Para Batygina, Greg Laughlind e Konstantin, investigadores do referido estudo, após a formação de Saturno, Júpiter voltou a recuar, desviando da rota de colisão com o Sol e assim acabou tomando a posição orbital em que está localizado atualmente.
Os mesmos ainda acreditam que a referida mudança de direção do planeta gigante (desvio da rota de colisão com o sol) o colocou em rota de colisão com jovens planetas, acabando com eles.
Em um comunicado, Gregory afirma que: "É exatamente algo similar a este evento, que nos leva a preocupação com colisões de satélites na baixa órbita terrestre, uma vez que seus fragmentos com certeza começarão a se chocar uns aos outros, aumentando o risco de uma reação em cadeia".
Vale lembrar que Júpiter é o planeta mais volumoso do nosso Sistema Solar, chegando a ter um volume de 1.321 vezes maior que o da Terra e sua massa são duas vezes e meia maior que todos os planetas do Sistema Solar juntos. Assim sendo, com tamanho, massa e densidade que possui, Júpiter poderia naturalmente suportar a esses impactos.
O referido estudo ainda propõe que os destroços desses planetas jovens destruídos, podem ter migrado em direção ao Sol, criando novos planetas, bem como Mercúrio, Vênus e o nosso planeta Terra, sendo que os três planetas em questão, são mais jovens que os restantes no Sistema Solar.
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