Depois da empresa taiwanesa acertar em Abril de 2011 a vinda dela para o Brasil, a presidente Dilma Rousseff e seus conselheiros prometeram investimentos na casa dos US$ 12 bilhões, valor esse que seria dividido em seis anos e assim ajudaria a transformar o setor de tecnologia brasileira, colocando o mesmo na vanguarda do desenvolvimento de telas sensíveis ao toque.
Além deste investimento, a promessa era de que uma nova cadeia de suprimentos seria criada, gerando assim empregos de alta qualidade e por consequência a queda nos preços de cobiçados aparelhos eletrônica.
Mas parece que não foi bem isso que aconteceu, pois quatro anos já se passaram e quase nada do que foi prometido virou realidade, pelo menos até o momento. A fabricante dos aparelhos móveis para a Apple criou apenas uma pequena quantidade de empregos, bem longe do que foi acordado, pois a grande maioria destes é de baixa qualificação. O "combinado" era de criar e oferecer 100 mil vagas de emprego.
Em relação a essa baixa taxa de emprego junto a fábrica, Terry Gou, fundador e presidente da Foxconn informou ao Wall Street Journal em 2010 que: "Trabalhadores do Brasil possuem salários muito altos; mas os brasileiros assim que ouvem a palavra futebol, param de trabalhar, além que tem toda a dança, é uma loucura".
Em contrapartida, um dos colaboradores da Foxconn no Brasil que não quis revelar seu nome disse para a agência de notícias Reuters que: "Você escuta falar em Foxconn e Apple e acha que é algo fora do comum, algo especial, mas não é tudo isso, não há glamour lá, é sim um beco sem saída".
Os iPhones até agora produzidos na fabrica brasileira da Foxconn localizada em Jundiaí, interior de São Paulo, não chegaram às prateleiras de lojas especializadas em smartphones, bem pelo contrário, todos que foram fabricados lá, foram exportados para a China. O governo cumpriu com uma pequena parte do que prometeu, pois vale resaltar que a multinacional taiwanesa recebeu incentivos fiscais e o iphone nacional foi desonerado em 2013, mas até hoje os valores dos dispositivos da Apple não tiveram baixa em seus preços nas lojas brasileiras, bem pelo contrário, o iPhone, no início de 2015, teve um acréscimo em seu preço na casa dos 8%.
De acordo com alguns economistas, a grande razão pela baixa produtividade do aparelho no Brasil se deve ao alto custo dos bens de consumo em nosso país, pois as tarifas e as taxas de juros são muito altas. Eles ainda acreditam que a Foxconn pode ter subestimado os desafios programados durante suas negociações com o governo federal em 2011.
Para a chefe de investimento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - APEX, Maria Luísa Cravo, disse que: "O Brasil esperava um coisa e a fabricante dos dispositivos móveis esperava outra; houve uma mal-entendido entre as partes".
Fonte: Boainformaçao / Exame
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