O mundo digital vive basicamente das propagandas e seus patrocinadores. Os usuários que não estão dispostos a vê-las acabam sendo obrigados a pagar mensalidades para ficar longe dos anúncios. O YouTube, que pertence ao Google, é um bom exemplo de serviço que conta com propagandas antes de qualquer exibição de seus vídeos.
No entanto, a realidade deve mudar. Confirmando os rumores, o serviço anunciou que irá disponibilizar uma assinatura mensal para usuários do site sem a inserção de qualquer propaganda. Conforme o site Bloomberg, a assinatura custará US$ 10 (cerca de R$ 32 no Brasil). Com isso, os assinantes poderão ver vídeos sem qualquer tipo de anúncio, seja na forma de banner antes do conteúdo ser mostrado ou mesmo em vídeo.
Além disso, usuários que assinarem o serviço deverão contar também com a possiblidade de acesso off-line em smartphones e tablets através de playlists salvas anteriormente. Ainda não está definido quando o serviço pago estará disponível aos usuários. Acredita-se que poderá chegar ainda neste ano.
Conteúdo e seus criadores
Com as mudanças, criadores de conteúdo terão que aceitar os novos termos e com isso seguir às políticas e também ao modelo do plano de assinatura. Fontes ligadas ao YouTube revelaram que, caso os criadores recusem a situação, os seus conteúdos serão dispostos como "privados".
No entanto, tal recusa seria pouco provável, já que, de acordo ainda com as fontes, os criadores de conteúdo receberão 55% da receita gerada com a mensalidade dos usuários. O valor será gerado a partir do tempo em que os sócios permanecerão no canal. Assim, o esforço para manter um usuário conectado até o final da visualização de um conteúdo deverá ser ainda maior. Quem poderá perder com isso são os criadores de canais pequenos.
"Nossos fãs querem escolhas. Não só eles querem assistir ao que quiserem, quando quiserem, em qualquer lugar e no dispositivo que escolherem, eles querem funções do YouTube construídas especificamente para as necessidades que têm em mente. Nos últimos meses, tomamos passos corajosos para levar essas experiências à vida.
(...) Ao criar uma nova oferta paga, geraremos uma nova fonte de receita que vai suplementar os rendimentos em alta com publicidade. (...) Esse é um ano excitante para o YouTube, já que estamos nos empurrando para territórios antes não explorados. Porém, continuaremos guiados por um desejo de oferecer escolhas aos fãs e o rendimento que você precisa. Trabalhando perto de você, sabemos que será uma jornada de sucesso", diz a publicação do YouTube.