Já tivemos a chance de testar a técnica no Samsung Galaxy K Zoom, o cameraphone da marca sul-coreana, mas afinal do que se trata? Ela realmente melhora a qualidade das imagens, das fotos?
Traduzindo o nome, Back-Illuminated Sensor fica algo como "sensor de iluminação traseira", mas o que isso significa na prática? Bem, em resumo, os aparelhos equipados com BSI consegue aumentar a quantidade de luz captada no momento do disparo, melhorando as fotos escuras. Primeiro temos de dizer que ela não é tão nova assim, pois já é conhecida e usada em telescópios e câmeras de segurança há mais tempo, começando a aparecer discretamente nos smartphones somente a partir de 2009, quando a Sony conseguiu adaptá-la aos dispositivos móveis.
Para entendermos o funcionamento vamos falar primeiro dos sensores convencionais, feito à imagem e semelhança de um olho humano: Uma lente na frente e por trás, fotodetectores. Com essa disposição o sensor coloca a matriz da câmera na frente - pois simplifica seu fabrico. Dessa forma até que a luz, captada pelo fotodiodo, chegue ao seu destino final - o pixel -, precisa passar pelos demais elementos físicos da câmera - como a fiação, por exemplo, - o que acaba gerando reflexão ou um simples bloqueio.
Já o sensor BSI contém os mesmos elementos físicos, porém, de forma invertida, colocando o fotodiodo na frente dos demais, fazendo com que a luz seja capturada diretamente, antes de se perder "batendo" em outros elementos, gerando fotos mais claras. Um equipamento com tal técnica vai captar cerca de 60% a 90% luz a mais do que uma câmera normal. Além disso, um sensor BSI é mais barato de ser construído do que um sensor convencional (pelo menos em tese). Sensores BSI enriquecem também o desempenho geral das fotos, pois melhoram de forma significativa o a resposta do sensor angular.
Como dissemos antes, a tecnologia "normal" é a mesma "tecnologia utilizada no nosso olho, com a parte que capta a luz, no fundo do olho. Por que nosso olho é dessa forma? Essa é uma ótima pergunta, pois a ciência ainda não descobriu. Mas, apenas para fins de comparação, os olhos dos cefalópodes, ou seja, os peixes abissais, aqueles que moram beeeem no fundo do oceano, no escuro total, tem os olhos com a mesma "tecnologia" BSI para que eles capturem o máximo possível de luz, tão rara naquelas profundezas.
A Applied Materials, principal construtora do mundo nessa tecnologia, estimou que cerca de 75% dos smartphones mundiais em 2014 usariam o BSI. Atualmente seguem pesquisando a o Back-Illuminated Sensor.
E aí, o que será que vem pela frente? Conte-nos nos comentários.