Atualmente, existe no mercado uma grande variedade de modelos de televisores. Cada qual com uma especificação, e também com um tipo de tela diferente. Entre as ofertas existe a TV LED, LCD e Plasma. Mas afinal, você realmente sabe qual a diferença entre elas?
À primeira vista os modelos parecem iguais, com telas finas e exibição de imagens em alta definição. Porém, saiba que cada uma delas possui as suas particularidades. Se você não sabe qual o modelo mais adequado para o seu ambiente, confira aqui a diferença entre elas:
TV de Plasma
A tela de Plasma é composta por milhares de células individuais para criação de imagens. O modelo é perfeito para quem quer ter cinema em casa. As cores apresentadas são praticamente reais, ou seja, a fidelidade das cores é excelente. Além disso, possui ótimo nível de contraste e é perfeita para ambientes escuros. O ângulo de visão também é bastante generoso.
O inconveniente é que a tecnologia não se dá muito bem em ambientes cuja a iluminação é elevada. Além disso, o modelo é mais pesado que os televisores de LCD e LED. Entre as opções existentes no mercadão, é a que mais consome energia. Outro aspecto preocupante do plasma é a falta de opções de aparelhos que sejam Full HD.
No mercado ainda é possível encontrar vários modelos de televisores com tela plasma, de diferentes marcas. Porém, para quem procura um modelo de tela menor dificilmente encontrará. Apenas modelos de telas maiores podem ser encontrados. De qualquer forma os modelos com tela de plasma são perfeitos para quem pode ter uma sala de cinema em casa, sem interferência de luz exterior.
LCD
Os LCD são formados por um material denominado cristal líquido. As moléculas compostas nesse material são distribuídas entre duas laminas transparentes polarizadas. Tal polarização é orientada de modo diferente nas duas laminas, sendo que elas formam eixos polarizados perpendiculares, como em um ângulo de 90°.
As moléculas de cristal líquido possuem a função de orientar a luz. A base da iluminação da tela LCD é a luz fornecida por uma lâmpada CCFL ou mesmo um conjunto de LEDS. Nas telas policromáticas, cada pixel da imagem é formado por um grupo de três pontos, ou seja, vermelho, verde e azul.
Ao olhar ou mesmo tocar em uma tela LCD não percebemos que ela possui múltiplas camadas sobrepostas que formam as imagens. Veja abaixo cada uma delas:
Camada da tela LCD (Imagem da Internet)
Mesmo sendo o principal componente, o cristal não é o único responsável pela formação das imagens. Inicialmente a luz passa pelo filtro polarizador, em seguida recebe um aperfeiçoamento na camada de TFT, que é responsável pelo contraste.
Tipos de LCD
GH (Guest Host): O GH usa uma espécie de pigmento contido no cristal líquido capaz de absorver luz. O processo se dá conforme o nível do campo elétrico aplicado. Por isso é possível trabalhar com várias cores;
TN (Twisted Nematic): As moléculas de cristal líquido com ângulos de 90° que fazem uso de TN podem ter a exibição em de imagem prejudicada em animações muito rápidas;
STN (Super Twisted Nematic): É considerada uma evolução do padrão TN, que é capaz de trabalhar com imagens que mudam de estado rapidamente.
LED: A emissão de luz é feita através de LED.
Estrutura de uma tela LCD
Estrutura da tela (Imagem da Internet)
Vantagens da LCD
- Não consome tanta energia;
- Contam com tela plana, sem distorções de imagem;
- Emitem pouca radiação nociva;
- Não cansam tanto os olhos;
- Valor mais acessível.
Desvantagens
- A resolução não é constante;
- O ângulo pode ser limitado;
- Não conta com boa definição com fontes SDTV;
- Menor brilho.
TV LED
Os aparelhos LED contam com uma tela LCD, porém, iluminada por trás com lâmpadas de LED mais brilhantes e ainda que consumam menos energia.
A TV LED pode ser bastante fina, mais leve que os demais modelos e ainda consome menor energia. Para modelos de até 55 polegadas, os televisores de LED contam com uma espessura de aproximadamente 3 cm, por exemplo. As cores são bastante nítidas e possuem excelente contraste.
Porém, o ruim é que os modelos com tal tecnologia ainda estão com preço elevado. De restante, não há o que comentar contra.
A LED TV consiste em uma tela LCD convencional "iluminada por trás" por LEDs (diodos de emissão de luz, na sigla em inglês). A tecnologia deixa os aparelhos mais finos, com espessura de cerca de 3 cm, para modelos com até 55 polegadas.
Mas afinal, o que é um LED?
Quase todos os equipamentos eletrônicos possuem luzinhas piscando (até mesmo um controle remoto de televisão dos anos 90). Pois bem isso é um LED. O LED possui um semicondutor com capacidade de emitir luzes de diversas cores. A tecnologia já existe há mais de 25 anos, porém, diferentemente de atualmente, só era possível emitir a cor amarela e vermelha. Atualmente é possível transmitir várias cores. Os LEDS são usados em vários equipamentos, como faróis de carros, semáforos, lâmpadas residenciais, entre outros.
A maior vantagem do uso de LEDs é mesmo na economia de energia. Nas televisões não é diferente, a economia de luz, se comparado com outras tecnologias é muito grande.
Funcionamento nas TVs
Nas televisões de LED, o funcionamento é bastante simples, ou seja, ao invés de usar uma fonte de luz, onde a luz é polarizada e após transformada nos pixels da imagem, as TVs LED usam como fonte de luz um LED.
A TV LED utiliza a CCFL (Cold Cathode Fluorescent Lamps), a qual faz uso da lâmpada fluorescente de cátodo frio, com uma gama de cores enorme. Além disso, são usados outros dois tipos de iluminação traseira, que são denominados Edge-lit (Iluminação da Borda) e a Local Dimming (Iluminação por redução local). A primeira delas conta com LEDs em faixas contínuas por toda área do monitor, o que deixa os televisores muito mais finos e cerca de 30% mais econômicos no consumo de energia.
As telas das TVs de LED são muito mais brilhantes, com o contraste muito melhor. As cores são também muito mais vivas e originais se comparadas ao modelo de LCD. Em resumo, a imagem fica muito mais nítida, já que é feita com diodos em emissores de luz (LED).
Como destaque, as TVs de LED possuem design muito mais sofisticado e atraente, com contraste e brilho muito melhores que os do LCD convencional. Além de tudo, com baixo consumo de energia.
TV OLED
A TV OLED é o que há de mais moderno no mercado. Ela é considerada um avanço da TV LED. Ela emite luz própria, sem a necessidade de iluminação traseira. As imagens são ainda mais nítidas, com alto brilho e contraste. Além disso, o modelo é ainda mais fino que os demais, e ainda pode contar com tela curva. A tecnologia OLED (Organic Light Emitting) começou a ser desenvolvida no ano de 1980 pela Eastman Kodak Company, ou melhor, a conhecida Kodak.
Essa tecnologia teve o propósito de substituir os monitores LCD e plasma, como também outros aparelhos, e assim, desenvolver aparelhos bem mais leves, pois não utilizariam compostos metálicos e cristais líquidos, desta forma, monitores mais finos, mais flexíveis e baratos. A grande ideia é utilizar diodos orgânicos, compostos por moléculas de carbono que emitem luz ao receber uma carga elétrica. Assim, uma grande característica é que ela possui luz própria, não necessitando luz de fundo ou luz natural.
Outra vantagem da tecnologia OLED é o menos gasto de energia, aproximadamente 40% menos que o tradicional monitor LCD e 10% menos de energia que um monitor plasma. Os monitores podem ser vistos praticamente a qualquer ângulo, possuem melhor contraste e suportam melhor o frio e o calor. Esta tecnologia já vem sendo utilizada em celulares, TVs, Palms, vídeo games, players, monitores e notebooks. Os OLEDs oferecem melhor qualidade nas imagens, com cores mais nítidas e brilhantes com menor gasto de energia.
O OLED possui, uma grande vantagem em relação as outras tecnologias, como já mencionamos antes, possui tela preta. Por ela emitir luz própria, cada OLED torna-se totalmente obscuro quando não for energizado, efeito diferente das telas de LCD, estas que, não conseguem bloquear a total luz de fundo.
A intenção é ter uma TV de alta definição, com dois metros de largura, com menos de 1centímetro de espessura e que consome menos energia que qualquer aparelho semelhante disponível no mercado atualmente. O grande objetivo é este, criar telas grandes sem perder a qualidade de imagem, e ainda, de baixo consumo de energia. Samsung e Sony são as empresas com mais destaque no desenvolvimento desses equipamentos. Desde 2004, as duas empresas vêm apresentando diferentes modelos em feiras de tecnologia.
A tecnologia OLED não se restringe somente a televisores e monitores. O Optimus Maximus Keyboard, por exemplo, utiliza 113 OLEDS de 48x48 pixels para as teclas. A tecnologia também pode ser utilizada em Holografia de Alta Resolução (utilizada em reproduções tridimensionais). Em uma perspectiva a longo prazo, estuda-se a aplicação de OLEDs como fonte de iluminação padrão pela sua eficiência e tempo de vida.
O funcionamento ocorre da seguinte maneira, os LEDs emitem luz quando uma corrente elétrica passar por um diodo. Os diodos, por sua vez, criam um fluxo de corrente unidirecional, movendo os elétrons do lado negativo para o lado positivo. Nessa transição, criam-se espaços, e a luz, que foi gerada, ocupa esses espaços.
Existem diferentes tipos de OLED, cada um é utilizado de maneira diferente. Veja:
PMOLED
Esta é a sigla para Passive-Matrix OLED. Ele tem uma estrutura composta por linhas de cathode, camadas orgânicas e linhas de anode, sendo que as linhas de anode e cathode são perpendiculares. Essa intersecção geral os pixels onde a luz é emitida. Este tipo de OLED é de fácil fabricação, mas consome mais energia. São indicados para telas pequenas, como as de celulares.
AMOLED
Esta é a sigla para Active-Matrix OLED. Neste modo as camadas de cathode, moléculas orgânicas e anode são como chapas, sendo que a camada de anode sobrepõe um transistor que forma uma matriz que, por fim, determina quais pixels são ligados para formar a imagem. Este tipo de OLED consome menos energia e é indicado para telas grandes.
OLED transparente
Esta é uma variação do PMOLED e do AMOLED feita somente por componentes transparentes. Quando um OLED transparente é ligado, ele permite que a luz passe em ambas as direções. Este tipo é usado para displays com informações em tela (heads-up displays).
Top-emitting OLED
Este tipo tem um substrato que pode ser tanto opaco como reflexivo, bem indicados para design.
OLED dobrável
Este OLED é feito de substratos de materiais muito flexíveis, tornando-os muito leves e duráveis. São utilizados em aparelhos celulares, por exemplo, diminuindo o risco de danos no caso de quedas. Estuda-se a possibilidade de usar esta tecnologia em tecidos.
As telas OLED oferecem muitas vantagens sobre LCD e LED. Inicialmente, as camadas plásticas e orgânicas são menores, mais finas e flexíveis. O substrato também é flexível, assim, o peso dos componentes é menor e assim diminui os danos de possíveis impactos.
Quanto a qualidade de imagem, OLEDs oferecem uma gama maior de cores e imagens mais brilhantes, pois não é utilizado nenhum tipo de vidro, e o vidro absorve luz. O campo visual de telas OLED é maior, com 180°. Assim, não é necessário ficar na frente da tela para enxergar bem a imagem.
OLEDs também não exigem luz de fundo, gerando luz própria e, assim, gastando menos energia.
O tempo de resposta de telas OLED é menor. Assim, enquanto telas LCD têm 2ms de tempo de resposta, um OLED pode responder em menos de 0.01ms.A troca de informações funciona quase que em tempo real. Isso faz com que imagens fiquem muito mais reais e são atualizadas com mais rapidez.
A produção de OLEDs são mais fáceis. Por serem essencialmente plásticos, a linha de produção é simplificada e o tamanho dos dispositivos produzidos pode ser maior.
Desvantagem
As desvantagens do OLED são bem poucas, e isso faz com que esta tecnologia já seja considerada perfeita para todos os tipos de displays. A maior dessas desvantagens é o tempo de vida de componentes orgânicos. Enquanto filmes vermelhos e verdes têm até 230 mil horas de tempo de vida, filmes azuis têm somente 14 mil horas e este é o grande problema da tecnologia nos dias atuais. Isso equivale a cinco anos com o aparelho ligado durante oito horas por dia, por exemplo.
Alguns desenvolvedores estudam meios para solucionar este problema com uma membrana metálica que ajuda a distribuir a luz pela superfície de vidro com mais eficiência, chegando a dobrar a vida útil dos OLEDs atuais. Porém, para isso aconteça, haverá uma redução do brilho da imagem, porém sem perda de qualidade.
Um alvo muito perigoso para OLEDs é a água. Um pouco é suficiente para danificar e destruir os componentes orgânicos. Assim, é necessário todo um método para selar os dispositivos adequadamente.
Tem bastante coisa, não é? A tecnologia proporciona isso, de você poder escolher a melhor opção entre os televisores disponíveis. Você deve pensar como é o espaço da sua casa, a luminosidade, o quanto quer gastar e pronto. Esperamos que este artigo possa ter ajudado a descobrir as diferenças entre cada uma destas tecnologias aplicadas aos televisore.