De acordo com o estudo, esta parte vai se desintegrar por completo em alguns anos, contribuindo assim para a elevação do nível do mar. O estudo foi realizado em cima de uma remanescente plataforma de gelo denominada de Larsen B, existente há mais ou menos 10 mil anos e que começou a enfraquecer a partir de 2002. Atualmente a plataforma de gelo em questão conta com 1.600 quilômetros quadrados.
Vale ressaltar que a Antártida possui dezenas de plataformas de gelo, que nada mais são, que placas maciças de gelo flutuante alimentada por geleiras navegando sobre o mar na borda da linha costeira do continente gelado, sendo que a maior de todas possui o tamanho da França. A Larsen B é uma das duas principais áreas do continente.
No relatório da pesquisa, o coautor do estudo e glaciologista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, Eric Rignot, descreveu o seguinte: "Essa pesquisa das geleiras da Península Antártica, nos proporciona a possibilidade de sabermos como as plataformas de gelo mais ao sul irão reagir a um clima mais quente".
Outra informação importante a salientar, é que 200 países concordaram em negociar um pacto da ONU no final deste ano, pacto esse que tenta combater as mudanças climáticas em nosso planeta, onde a maioria dos estudiosos no assunto prevê uma elevação do nível dos oceanos, ocasionando assim, mais enchentes, secas e ondas de calor.
O estudo que se baseou em um levantamento aéreo e por dados de radares, foi publicado na edição online da revista "Earth and Planetary Science Letters".
Assista ao vídeo de explicação sobre a pesquisa, realizado pela NASA: