O polêmico Uber, aplicativo que disponibiliza motoristas em carros de luxo, muito odiado pelos taxistas, na semana passada, chegou a ser o app gratuito da App Store mais baixado. Os taxistas, com a finalidade de expor ao público a situação do serviço, realizaram um protesto no Rio de Janeiro, porém, o que eles não imaginavam é que o ato geraria ainda mais procura pelo aplicativo.
"Esta questão é muito relativa, de não fazer nada porque o Uber vai crescer. O protesto tem que ser feito e mostrar que o transporte que eles oferecem é clandestino. Não adianta falar que não vamos fazer porque a Uber vai crescer e pode ser um tiro no pé. Não vejo desta forma. Para mim isto é jogada de marketing para que a gente não faça nada", disse o presidente do Conselho Regional de Taxistas do Rio, Marcos Bezerra.
Os taxistas explicam que a revolta está no fato de que os motoristas do Uber não pagam os mesmos impostos que eles, o que seria uma concorrência desleal. O Uber, por sua vez, não se intimidou, e ainda ofertou duas viagens gratuitas aos cariocas de até R$ 50 e, entre às 7h e às 19h do dia que aconteceu o protesto. Na sexta-feira (24), o Uber aparecia em segundo lugar no ranking de procura na App Store.
"Desde que o Uber chegou na cidade, os cariocas e os visitantes têm mais um modo de se movimentar pelas ruas do Rio, e nós sabemos que eles não querem parar", diz a empresa em nota publicada em seu site.
O porta-voz do Uber, em entrevista à GloboNews, alegou que as pessoas tem o direito de escolha sobre como transitar pela cidade. "A gente sabe que o motorista parceiro do Uber não tem isenção de IPVA quando vai comprar um carro, nem de IPI, ICMS. Ele não precisa de licença porque não é um transporte público, não é uma concessão de transporte público como o táxi é. O Uber na verdade resolveu o problema de assimetria de informação usando tecnologia", afirmou Sabba.
Protesto no Rio de Janeiro
De acordo com o Conselho de Taxistas do Rio de Janeiro, 3,2 mil carros cerca de 4 mil motoristas participaram do protesto. A prefeitura, porém, cita 1,5 mil táxis. Rafael Picciani, secretário municipal de transpores, que esteve presente no ato, disse que irá abrir investigação contra o Uber e ainda irá reduzir a burocracia e também os impostos aos taxistas.
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