Robô mochileiro terminada sua trajetória após ser vandalizado. HitchBOT, como foi batizado, percorreu milhares de quilômetros na Europa e no Canadá na carona com humanos, porém, seu foi trágico: o robô acabou sendo destruído nos Estados Unidos.
O androide foi desenvolvido para integrar um experimento social que tinha como finalidade testar a confiança entre robôs e humanos.
Conforme seus idealizadores, o robô já deveria ter percorrido mais de 10 mil quilômetros, e foi no Estado americano da Filadélfia, nos Estados Unidos, que sua trajetória foi interrompida.
Frauke Zeller, uma das responsáveis pelo projeto, a professora-assistente da Universidade Ryerson em Toronto, no Canadá, disse o que aconteceu com o robô.
"Nós queríamos ver o que as pessoas fariam com esse tipo de tecnologia. O robô não consegue se mover sozinho, então, dependia da ajuda das pessoas para ser levado de um lugar para o outro", afirmou.
"Ou seja, o que você quer fazer? Você quer ajudá-lo? Ficamos surpresos com as respostas positivas", acrescentou.
"Infelizmente, na manhã de sábado, ele foi vandalizado na Filadélfia. Nós acabamos de ver as últimas imagens e acho que não vamos conseguir consertá-lo. Temos que apenas sentar e ver do ponto de vista da pesquisa o que podemos aprender desse episódio antes de tomar novas decisões".
Frauke disse ainda que ficou decepcionada com o acontecido. "Fomos pegos de surpresa. Temos visto uma reação sentimental muito forte nas redes sociais. Todos estão tristes com o que aconteceu. É impressionante. É inacreditável quantas mensagens foram enviadas no Twitter".
"Nós continuamos a nos perguntar se os robôs podem confiar nos humanos. Eu ainda acho que sim. Mas às vezes coisas ruins acontecem com bons robôs".
O robô foi construído a partir de materiais de reciclagem. Seu corpo, por exemplo, foi feito de uma geladeira de cerveja. Para percorrer o trajeto o robô dependia da boa vontade humana. O robozinho era pego nas beiras das estradas e os motoristas o deixavam mais próximo de seu destino.
Durante a viagem o robô interagia com as pessoas, e a partir disso, traçava uma espécie de diário nas redes sociais. O robô era recarregado no próprio carro dos motoristas que forneciam carona.
Além das "conversas" com os humanos, o robozinho contava com painéis solares para obter mais energia. Com isso, ele era capaz de tirar várias selfies e ainda postá-las no seu Instagram. Tudo isso graças ao seu GPS incluso e ainda 3G.
Porem, infelizmente, a trajetória do robô chegou ao fim. Acredita-se que ele não tenha mais conserto.
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