Kim Dotcom continua ganhando destaque em razão do Megaupload, portal de compartilhamento de arquivos que já está encerrado. Na segunda-feira, Dotcom foi acusado de pagar usuários para atrair mais tráfego no site, mesmo sabendo que o conteúdo oferecido violava a propriedade intelectual de terceiros.
Dotcom, juntamente com os ex-diretores do Megaupload, Bram van der Kolk, Mathias Ortmann e Finn Batato, enfrentam um julgamento na Nova Zelândia de extradição para os Estados unidos, onde são acusados de pirataria de informática, lavagem de dinheiro e crime organizado.
Christine Gordon, promotora neozelandesa que representa o governo dos Estados Unidos no processo, disse que 77% dos membros do Megaupload receberam ao menos uma notificação dos proprietários dos direitos autorais de ainda 56% deles receberam dez ou até mais avisos sem que qualquer medida fosse tomada.
Na audiência, a promotora expôs que um dos usuários propiciou 1,2 milhão de downloads pelo que cobrou do Megaupload, ou seja, US$ 50 mil entre 2006 e 2011.
De acordo com Gordon, o usuário, denominado TH, recebeu 1,2 mil avisos de violação de direitos autorais de propriedade intelectual, e que o Megaupload em vez de restringir a sua atividade, aumentou o espaço do servidor.
A promotora disse ainda que o usuário em questão enviou e-mails ao portal reclamando que não havia sido bem remunerado pelo seu trabalho. Gordo disse que a resposta de Dotcom foi: "Estamos agradecidos por seu apoio ao Megaupload no passado e achamos que fomos justos com você".
Em junho de 2011 Kim Dotcom acabou com o programa de recompensas, distanciando-se de portais que mantinham a prática e ainda manteve contato com o Paypal para denunciar as "atividades delitivas".
Porém, Gordom descreveu como hipócrita a denúncia de Dotcom e disse que "descreveram os pagamentos como ilegais mais o Megaupload o fez durante seis anos".
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