Em primeiro lugar, eu nem sei se a palavra "proposteiro" existe, mas pelo menos foi criada no ambiente das agências, assim como, para muitas dessas agências, o planejamento também não existe. Há uma enorme diferença entre fazer um planejamento e fazer uma proposta, uma pena, que para o mercado isso seja a mesma coisa. Não vamos generalizar, mas a grande maioria ainda pensa assim. E digo isso com certa tranquilidade, pois estou vendo cada coisa no mercado, que me faz pensar se estamos regredindo ao invés de evoluir no conceito de planejamento.
Em Julho desse ano, nasceu a FM Planejamento, a minha consultoria de planejamento, e-commerce, conteúdo e educação. Estou bem feliz em trabalhar com agências e clientes, entre os destaque Agência Pulso, Dr. Ecommerce, Gotcha, ToppTable, Integru, Uatt Comunicação e Vincere Comunicação. Nessas agências, o meu trabalho é focado em planejamento digital, exceto a ToppTable que é um e-commerce, mas o meu trabalho nesse inicio está sendo em ajudar as empresas a participar de concorrências.
Mesmo em época de crise, muitas empresas ainda demandam essa concorrência, que na minha visão, o formato no país é ultrapassado e injusto, mas isso é tema para outro artigo. Graças a Deus e a muito trabalho, estou ajudando as empresas a passar para as fases finais. Crise ajuda também, como meu grande amigo e mestre Roberto Shinyashiki diz, a fazer a limpeza, quem não entrega ou faz um trabalho ruim, está perdendo espaço para quem quer fazer algo diferente e com qualidade. Ainda mais, os absurdos que temos visto por ai. Mas outro tema de artigo...
A diferença entre planejamento e proposta não está apenas no campo Power Point X Word. Essas ferramentas ajudam demais, mas não fazem o trabalho sozinho. As vezes, ficamos tão afim de fazer as coisas acontecerem, que buscamos ferramentas para nos apoiar e esquecemos da principal: o cérebro. Ele faz toda a diferença. Acreditem nisso! Uma proposta se baseia em você pegar o brief do cliente, sentar com a criação, mídia, atendimento, diretoria, ler o brief e mandar uma proposta de horas trabalhadas para executar exatamente o que está no brief. Pronto. Manda por email mesmo para ser mais ágil e no máximo você liga para o cliente para saber se recebeu. Pronto, trabalho feito e vamos para o próximo. Planejamento é um pouco além disso.
Para começar que o brief para o planejamento não é a coisa mais importante do mundo. Ele é um norte, mas não passa disso. O planejamento não orça horas, ele pensa no projeto com uma continuidade. Não pensa em um site. Pensa em uma plataforma de negócios digitais. O planejamento vai além do que foi pedido. O planejamento pesquisa, estuda, embasa. Não apresenta um documento com escopo. Isso é para depois.
Sua missão é encantar o cliente, é fazer uma apresentação poderosa a ponto do cliente parar e pensar "poxa, preciso desses caras ao meu lado, porque eles resolvem meu negócio". (em linguagem publicitária teria alguns palavrões nesse trecho, mas deixa para lá). O cliente precisa entender que você, planejamento, estudou tanto o mercado dele, que as vezes pode passar um insgiht que ele nem imaginou, um dado que ele não sabia ou que ao passar sua pesquisa, está tão exata que bate com tudo o que ele sabe sobre a marca. Ai você, planejamento, criou uma conexão emocional com o cliente difícil de ser batida.
Essa conexão, não se consegue com um documento, com alguns pontos e um valor no final enviado por email. E com certeza, essa conexão não será conseguida entre a mensagem da agência e o cliente final da marca, pois nem com a marca a agência está conectada. O que dirá com as pessoas!
Veja os demais artigos do Felipe Morais na página do colunista.
😕 Poxa, o que podemos melhorar?
😃 Boa, seu feedback foi enviado!
✋ Você já nos enviou um feedback para este texto.