O Aurous, serviço de streaming de música, que foi recentemente lançado por Andres Sampson, já está causando revolta entre as gravadoras. O serviço gratuito de streaming de música, que utiliza o protocolo BitTorrent oferece milhares de faixas. A plataforma é muito semelhante ao PopCorn Time, porém, ao invés de vídeos, oferece músicas.
De acordo com a Billboard, as três maiores gravadoras - Universal Music, Sony Music e Warner Music - já entraram com um processo judicial em uma corte da Flórida (EUA), com alegação de que o Aurous viola os direitos autorais.
De acordo com as gravadoras, o Aurous obtém músicas de "sites oferecendo vastas coleções de cópias piratas", e que o serviço permite a realização de streaming via BitTorrent.
Sampson, em uma entrevista à Billboard, disse que o serviço utiliza uma base de dados interna de links para conteúdo, podendo ser um vídeo do YouTube ou mesmo uma música do SoundCloud, sendo que no total seriam utilizados 120 APIs públicas.
"Contamos com APIs de terceiros para boa parte do nosso conteúdo. Mas nós não queremos usá-las cada vez que precisarmos de um resultado de pesquisa. Então usamos outros sites que oferecem formas de procurar por música, e colocamos isso em um só lugar na nossa rede, que usa BitTorrent…", disse Sampson.
Sampson ainda diz que não aceita a denominação da mídia sobre o Aurous, ou seja um "PopCorn Time da música". "Nós podemos reproduzir conteúdo de toda a web, e usamos uma tecnologia BitTorrent para compartilhar links - não o conteúdo em si".
No entanto, as gravadoras dizem que isso não é verdade. "A rede Aurous parece consistir em apenas um site pirata localizado na Rússia chamado Pleer… que foi alvo de repetidas queixas por parte de detentores de direitos autorais ao governo russo".
"O verdadeiro poder do Popcorn Time vem do conteúdo, onde ele ganha de muitos serviços de streaming legítimos como o Netflix. O Aurous e o TorrentTunes podem ter um visual bacana e funcionar bem, mas esses aplicativos "piratas" perdem para serviços legítimos, como o Spotify, quando se trata de conteúdo. Eles nem ganham do YouTube", diz o site TorrentFreak.
Conforme ainda o site, Sampson poderá ter que desembolsar cerca de US$ 3 milhões em indenização caso o processa seja julgado no tribunal.
No entanto, Sampson segue confiante sobre a sua plataforma, dizendo que "ações judiciais vazias não vão deter a inovação".
O início do Aurous
O Aurous foi desenvolvido por Andrew Sampson, e a plataforma é muito semelhante ao design do Spotify. Através do serviço é possível encontrar artistas, músicas e até álbuns. Porém, ao invés de realizar o download do conteúdo, é preciso apenas fazer o streaming.
O projeto teve início através de uma campanha de financiamento coletivo, porém, após perceberem que a plataforma poderia causar algum problema judicial, os doadores receberam o seu dinheiro de volta. Assim, o desenvolvedor fez tudo sozinho, sem verbas de outras pessoas, justamente para não causar danos aos contribuintes.
Através do Aurous é possível reproduzir diversos formatos, como FLAC, WAV, OGG, OPUS, entre outros. Além disso, o usuário pode importar as listas de músicas de serviços como Pandora e YouTube. A novidade está disponível para Windows, OS X e Linux.
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