Mais uma capital brasileira receberá os serviços do Uber, polêmico aplicativos de caronas. A previsão inicial era de que os veículos começassem a circular pela capital gaúcha apenas em dezembro. Porém, a novidade chegou antes do tempo e foi confirmada pelo gerente-geral da empresa no Brasil, Guilherme Telles, em entrevista à Rádio Gaúcha nesta manhã.
O serviço, geralmente muito criticado por várias entidades, também não recebeu o apoio no Estado. A Empresa Pública de Transportes e Circulação e o Sindicato dos Taxistas da capital do Rio Grande do Sul já se manifestaram contrários ao novo serviço. Vale notar que ainda não há qualquer tipo de regulamentação para que o Uber possa atuar em Porto Alegre.
O Sintáxi considera o serviço como uma "concorrência desleal". A categoria já possui uma mobilização nacional para tentar proibir a circulação do Uber em todo o país.
"Não vamos permitir que o Uber chegue em Porto Alegre fazendo o que já fez em outras cidades: entrar e operar sem um debate democrático e sem uma regulamentação. Não se pode deixar de cumprir com a lei porque novas tecnologias vão aparecendo", disse também o prefeito da capital, José Fortunati.
O Uber, através de nota, disse que o serviço prestado pelos motoristas parceiros da empresa trata-se do transporte individual privado, uma modalidade prevista na Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU).
Caso algum motorista do Uber seja multado em alguma fiscalização de trânsito em Porto Alegre, a empresa disse que dará todo o suporte necessário. "Não há problema algum", ressaltou Guilherme Telles durante a entrevista.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação da Capital (EPTC) disse que, caso não haja regulação, o Uber será considerado clandestino e o motorista poderá sofrer penalização de R$ 5,8 mil.
Atualmente o Uber atua em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, e agora em Porto Alegre.
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