Nesta quarta-feira (23), um tribunal da Nova Zelândia aprovou a extradição para os Estados Unidos do fundador do Megaupload, Kim Schmitz, mais conhecido por Kim Dotcom. Juntamente com ele, os seus três ex-sócios, Mathias Ortmann, Finn Batato e Bram van der Kolk, também obtiveram a extradição.
De acordo com o juiz Nevin Dawson, há várias provas para poder autorizar a extradição, encerrando assim com os quatro anos de disputas legais envolvendo Kim Dotcom e outros fundadores do site de compartilhamento, que são acusados nos Estados Unidos por pirataria.
O Juiz disse que a "arrasadora prepotência de provas recolhidas pela acusação estabelece um caso ‘prima facie’ (com indícios razoáveis) para que os acusados respondam por cada uma das acusações". As informações são da agência Efe.
A justiça dos Estados Unidos acusa Dotcom e os seus ex-sócios de 13 crimes associados a pirataria informática, crime organizado e lavagem de dinheiro.
Os acusados possuem 15 dias para apelar da decisão. Vale lembrar que a batalha judicial iniciou ainda em 2012 com a prisão de Dotcom e os sócios da época.
"Não sei quanto mais vai durar todo o processo. Um ano e meio, dois, três ou mais. É um assunto muito complexo", disse Dotcom em entrevista publicada hoje no jornal "New Zealand Herald".
Amy Adams, ministra da Justiça da Nova Zelândia, disse que irá esperar para ver se a decisão do Juiz será apelada, e que caso não seja ela " avaliará e buscará recomendações sobre os pontos relevantes no âmbito da Lei de Extradição".
De acordo com os advogados, eles não podem fazer uma defesa adequada por não poderem financiar a declaração de especialistas americanos, já que o FBI congelou os fundos dos acusados, que não podem ser usados nos Estados Unidos.
Até então, dos sete membros do Megaupload que foram acusados nos Estados Unidos, somente o programador estoniano Andrus Nomm foi condenado. Ele recebeu pena de um pouco mais de um ano.
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