Um recurso que já estava disponível aos usuários do Facebook, em mais de 50 países, iniciado em 2013, chegou ao Brasil, nesta terça-feira (16). É a Central de Prevenção ao Bullying, que nada mais é do que uma plataforma de apoio a quem sofre com o problema ou para quem pratica as piadinhas de mau gosto, oferecendo dicas de como se comportar nestas situações. Além de falar diretamente aos jovens, vítimas mais frequêntes de bullying, a Central ainda tem uma seção para pais ou responsáveis e professores, contendo informações que ajudarão a entender se os filhos são vítimas ou agressores e sugestões de como lidar com eles. Já aos educadores, contém dicas de como detectar o bullying entre os alunos, além de sugestões de estratégias para abordar o problema.
A Central de Prevenção ao Bullying é uma iniciativa do Facebook em parceria com a UNICEF, Yale Center for Emotional Intelligence e a Safernet Brasil, tendo como principal objetivo fornecer recursos e ferramentas a quem precisa lidar com um comportamento de bullying e suas consequências. A plataforma ainda disponibiliza informações e detalhes de contato com a UNICEF e o Safernet, uma Organização não Governamental que combate crimes cibernéticos com o Ministério Público. O próprio Facebook disponibiliza ferramentas para denunciar conteúdos, configurar a privacidade do perfil e tomar medidas de segurança.
O Diretor de Políticas Públicas do Facebook no Brasil, Bruno Magrani, diz no vídeo de lançamento da ferramenta, que todos os dias milhões de pessoas acessam o Facebook para se conectar com amigos e familiares e compartilhar momentos que acham importantes. Por isso, a segurança destas pessoas é a maior responsabilidade da rede social. Neste sentido, a Central de Prevenção ao Bullying é a mais recente ação para garantir a proteção destas pessoas, especialmente os adolescentes. Já o Diretor de Educação da Safernet, Rodrigo Nejm, ressalta que a plataforma vem contribuindo ao oferecer uma proposta pedagógica que estimula o diálogo e a mediação de conflito. "Quebrar este silêncio, este tabu de fingir que não está acontecendo nada, fingir que não é nada, é super importante e vai além da vítima", declara.
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O material disponível na Central foi traduzido e adaptado a realidade brasileira. Diferente do que ocorre nos Estados Unidos, por exemplo, quando uma das sugestões é conversar diretamente com o agressor, no Brasil, após a equipe da plataforma conversar com diversos adolescentes, chegou-se a conclusão de que esta dica seria inviável, pois colocaria a vítma ainda mais em exposição.
Mas o que é Bullying?
Pode ser difícil distinguir o bullying de uma simples brincadeira. Mas na realidade, uma brincadeira é quando todos os envolvidos se divertem. O guia explica que "bullying é qualquer tipo de comportamento repetidamente agressivo que envolva desequilíbrio de poder, como status social ou tamanho físico. Além de ataques físicos ou verbais, o bullying também inclui ameaças, disseminação de boatos ou exclusão deliberada de alguém de um grupo". Quando as intimidações deixam de acontecer apenas na escola ou no quarteirão da rua e passam às redes sociais, é chamado de cyberbullying e aumenta ainda mais o problema que passa a fazer parte da vida da vítima, não só na escola, mas também ao longo do dia. Nestes casos o Facebook também oferece ferramentas para que a vítma denuncie que podem ser conferidas através da Central.