Que a tecnologia pode ajudar a melhorar a vida das pessoas em diversos sentidos já não é nenhuma novidade. Um bom exemplo disso são as impressoras 3D, capazes de dar forma a intens surpreendentes, como roupas, acessórios, brinquedos e até mesmo próteses. Agora, uma das novidades deste tipo de tecnologia que se iniciou em 1984, com Charles Hull, criador da primeira impressora 3D, é a impressão de tecidos humanos.
Parte do osso de uma mandíbula (Foto: Divulgação/WakeForestInstituteforRegenerativeMedicine)
A criação, que futuramente poderá ajudar pacientes que precisam de implantes, foi desenvolvida por Cientistas do Instituto de Medicina Regenerativa Wake Forest e apresentada nesta semana. Ela foi batizada de Sistema de Impressão de Órgãos e Tecidos, ou ITOP (sigla em Inglês).
Os pesquisadores foram capazes de imprimir ossos da mandíbula, estruturas cartilaginosas, além de um ouvido humano. Impressionante não é mesmo? As peças de reposição são desenvolvidas inteiramente no computador, desta forma, cada parte poderá ser feita sob medida para o paciente.
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O modo de funcionamento da ITOP é igual ao das demais impressoras 3D, sendo que o material é impresso camada por camada. No entanto, ao invés de utilizar plástico, resina e metal, ela faz uso de materiais biológicos parecidos com o tecido humano. Contudo, o seu grande diferencial está no fato de ela conseguir fabricar materiais de tamanho e resistência adequados. Além disso, ainda é possível criar canais que servem como pequenos vasos sanguíneos de até 0,02 milímetros.
Os testes iniciais mostraram que quando as estruturas foram implantadas em animais, elas "amadureceram" para se estabelecer como tecidos funcionais no corpo, desenvolvendo para isso um sistema de vasos sanguíneos. Um exemplo disso é o implante de uma orelha do tamanho normal para um humano sob a pele de ratos. Após dois meses as orelhas mantiveram o formato original. Além disso, foram formados os tecidos da cartilagem e vasos sanguíneos.
Orelha humana feita com impressora 3D (Foto: Divulgação/WakeForestInstituteforRegenerativeMedicine)
Por enquanto, os testes estão sendo feitos em ratos e outros animais. Apenas quando os especialistas estiverem certos da segurança das peças, poderão iniciar os testes em humanos e contribuir para que a ciência e a tecnologia andem juntas para colaborar na melhora da qualidade de vida das pessoas.