Na segunda-feira (02), usuários do famoso aplicativo de mensagens instantâneas ficaram estarrecidos com a notícia da suspensão do serviço por 72 horas. O juiz Marcel Montalvão, de Lagarto (SE), foi o responsável pela decisão. Os internautas, insatisfeitos com a medida, foram cobrar a volta do aplicativo diretamente ao juiz em sua página pessoal no Facebook.
Inúmeras mensagens foram enviadas ao juiz desde ontem em sua página na rede social, solicitando a volta do funcionamento do WhatsApp. Recados como "Migo seu loko, devolve o Whats" e "Liga o whatsapp aí rapidão" são encontrados na página. O juiz não respondeu os pedidos. Vale notar que a conta do magistrado é privada, e assim, somente os amigos podem publicar na sua linha do tempo.
O que diz o criador do WhatsApp
Jan Koum, criador do WhatsApp.
Jan Koum, criador do WhatsApp, usou a sua conta no Facebook para explicar que a empresa não possui os dados que justiça brasileira deseja. Na ocasião, ele lamentou o fato de os brasileiros terem o serviço bloqueado por uma decisão judicial.
Koum explica que, em razão da criptografia ponta-a-ponta, a companhia não armazena as conversas, e eles não pretendem alterar a situação.
"Mais uma vez milhões de brasileiros inocentes estão sendo punidos por um tribunal que deseja que o WhatsApp entregue as informações que, repetidamente, afirmamos que não temos. Não só criptografamos as mensagens do WhatsApp para manter as informações seguras, mas nós também não mantemos o seu histórico de chat em nossos servidores. Quando você envia uma mensagem criptografada ponta-a-ponta, mais ninguém pode ler - nem mesmo nós. Enquanto nós estamos trabalhando para o WhatsApp voltar a funcionar o mais rapidamente possível, não temos a intenção de comprometer a segurança de nossos bilhões de usuários em todo o mundo", disse Jan Koum.
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