Na manhã gelada desta segunda-feira (13), um episódio deixou muitos moradores do Rio Grande do Sul intrigados. Um clarão colorido no céu, seguido por uma luz branca que em seguida desapareceu foi o que muitas pessoas avistaram. O fenômeno ocorreu por volta das 6h30min em várias cidades gaúchas.
De acordo com os especialistas, são duas as prováveis explicações para o fenômeno: lixo espacial ou meteoro.
Além de moradores de Porto Alegre, outros locais também tiveram registros como, Viamão, Alvorada, Novo Hamburgo, Triunfo, São Pedro do Sul, Pelotas, Gramado, Caxias do Sul e Agudo.
Marcelo Bruckmann, técnico do laboratório de Astronomia da PUCRS, acredita que a causa mais provável do episódio seja a queima de detritos espaciais.
"Como o evento foi avistado desde Pelotas até Porto Alegre, faz mais sentido que tenha sido isso. O lixo espacial percorre órbitas circulares que, aos poucos, se tornam concêntricas, no sentido de se aproximar cada vez mais da Terra. Isso gera grandes arcos no céu, o que justifica pessoas de várias cidades terem visto", disse ele.
Lixo espacial é considerado todo o resto de atividade humana no espaço que orbita ao redor do planeta. Na grande maioria é pedaços de satélites de comunicação desativados, foguetes ou mesmo ferramentas perdidas por astronautas durante algum trabalho.
Já o diretor do Observatório Astronômico da UFRGS, Cláudio Bevilacqua, também considera as duas possibilidades. No entanto, acredita que a causa mais certa seja mesmo um meteoro.
"O meteoro é um fenômeno que ocorre por volta de 100 quilômetros de altura. Ao entrar na atmosfera em alta velocidade, o atrito faz ele evaporar e isso deixa um "tubo" de luz muito brilhante. É um fenômeno comum, mas nem sempre observável", disse.
De acordo com Bevilacqua, tanto um meteoro quanto lixo espacial causa efeito semelhante no céu, e a olho nu fica difícil identificar qual fenômeno se trata.
Através de nota, V Comando Aéreo Regional da Aeronáutica e o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, que são responsáveis por monitorar o espaço aéreo da Região Metropolitana de Porto Alegre e do Sul do Brasil, respectivamente, disseram que não houve registro de algum clarão no céu pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
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