O Facebook disponibilizou ao Brasil uma ferramenta que tem como função prevenir os suicídios e ainda casos de automutilação. A função, que foi desenvolvida em parceria com o Centro de valorização da Vida (CVV), irá permitir aos usuários indicar, de forma totalmente anônima, publicações que possam evidenciar ideias depressivas ou mesmo suicidas.
Com isso, o usuário que teve o seu perfil comunicado ao grupo, receberá opção de ajuda através de uma mensagem do Facebook.
O uso da ferramenta é bastante simples, basta identificar entre os contatos uma publicação que contenha ideias suicidas ou mesmo mensagens pessimistas ou depressivas. Assim, é necessário apenas clicar na seta do lado direito do posts e selecionar "denunciar publicação".
Após isso, é necessário detalhar o problema da postagem escolhendo a opção "acredito que não deveria estar no Facebook" e, após, "é ameaçador, violento ou suicida". Pronto, com apenas alguns cliques, ou toques, um amigo poderá ser ajudado.
A publicação, após ser reportada, será avaliada por uma equipe do Facebook, que trabalha 24 horas por dia, durante toda a semana. Caso o alerta proceda, o grupo irá enviar uma notificação ao usuário reportado com três alternativas de ajuda: enviar uma mensagem a um amigo, receber dicas para lidar com a situação ou entrar em contato com uma equipe de ajuda.
Caso o usuário opte por receber ajuda, a CVV entra em ação. O grupo já oferece atendimento gratuito a quem precisa apoio emocional há mais de 50 anos. Assim, o usuário poderá entrar em contato com a ONG através do chat online, telefone ou mesmo e-mail.
A pessoa que denunciar a publicação também irá receber uma mensagem de como pode ajudar alguém que está passando por dificuldades.
"Não podemos ignorar que, a cada 45 minutos, um brasileiro comete suicídio. Quem pensa nisso costuma dar sinais diretos ou indiretos, como manifestar tristeza constante ou sentimentos de insatisfação. E é aí que entramos com a prevenção", diz Carlos Correia, voluntário do CVV.
"Acreditamos que as conversas que ocorrem no mundo offline se refletem no mundo online. E quando a gente olha para o futuro da comunicação, sabemos que os jovens vão procurar cada vez mais ajuda por esses novos meios", diz Bruno Magrani, diretor de relações institucionais e políticas públicas do Facebook para o Brasil.
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