Nesta quinta-feira (21), a Polícia Federal anunciou a prisão de 10 pessoas acusadas de promover o Estado Islâmico e ainda organizarem atos terroristas no Brasil. Outros dois suspeitos ainda estão sendo monitorados pelas autoridades.
Na operação nomeada Hashtag, 12 mandados de prisão temporária foram expedidos. A operação iniciou ainda em abril e monitorou conversas entre os suspeitos através do aplicativo Telegram e WhatsApp. A Polícia Federal disse que os suspeitos fazem parte do grupo virtual denominado Defensores da Sharia.
"De simples comentários sobre o Estado Islâmico, eles passaram para atos preparatórios. A partir do momento em que passaram para atos preparatórios, foi feita prontamente a atuação do Governo Federal realizando simultaneamente as 10 prisões desses supostos terroristas, que se comunicavam pela internet", informou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. "Eles só começaram atos preparatórios, não seria de bom senso aguardar para ver. O melhor seria decretar a prisão", disse ainda.
Vale lembrar que o WhatsApp possui tecnologia de criptografia ponta-a-ponta, o que garante total privacidade das conversas dentro do aplicativo. Assim, ao ser questionado sobre como a PF conseguiu monitorar os grupos, Moraes preferiu não mencionar.
"Qualquer mecanismo de investigação não deve ser falado numa entrevista coletiva para avisar um suposto terrorista sobre como se investiga. Esta pergunta [sobre como foi possível monitorar o WhatsApp] atrapalha não só esta como outras investigações. [...] Há a necessidade de uma regulamentação geral para que a Justiça consiga informações online, interceptações e dados do WhatsApp, porque isso facilitaria. Só que as investigações têm outros meios também", disse.
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