Os hackers estão sempre inovando em busca de vítimas. Após o WhatsApp e o Messenger, o Tinder começou a ser também usado para capturar dados de cartões de crédito. O aplicativo, que é largamente usado no Brasil, está cheio de bots maliciosos que induzem os usuários a usarem os seus cartões de crédito para uma suposta verificação de autenticidade.
Além disso, os robôs também acabam cadastrando os internautas em sites de pornografia. A Symantec foi a empresa responsável por detectar as ameaças. Ao todo, a empresa, que é a fabricante do Norton Antivírus, já encontrou 13 variantes da fraude, todas elas usam o mesmo método.
O golpe ocorre quando o usuário da um "match" em um dos bots que se passa por usuário. Assim, o bot diz que gostaria de marcar um encontro, porém, diz que é necessário um código de verificação do aplicativo (fato que não existe). O objetivo seria verificar se a pessoa realmente existe. O usuário então, diz que não possui um código, e o bot indica um site para obtê-lo.
A página indicada possui até a logo do Tinder, porém, é um site falso e não possui conexão real com o aplicativo. No local, o usuário é instruído a realizar um cadastro que deverá constar os dados pessoais e ainda dos seus cartões de crédito. Além disso, é necessário aceitar um termo de serviço.
Em letras minúsculas é mostrado ao usuário um documento em que o usuário concorda em realizar a assinatura de alguns sites pornográficos por um período de 90 dias de forma gratuita, porém, caso não cancele o serviço no período, terá que desembolsar mensalidade de US$ 118,76 (R$ 385).
O problema é que, no geral, as pessoas acabam não lendo os termos do serviço. Os usuários acabam percebendo que foram vítimas de um golpe após os 90 dias, quando aparece a despesa no cartão de crédito.
A Symantec indica que, caso o usuário se depare com um bot no aplicativo é necessário fazer uma denúncia. Além disso, também é preciso desconfiar dos locais em que é solicitado dados de cartões de crédito.