A intenção de consumo das famílias (ICF), que foi avaliada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou pela primeira vez em seis meses, aumento de 0,9%. Em uma escala de 0 a 200, a ICF alcançou 69,3 pontos, que foi alavancada pela variação positiva nos sete componentes do índice. Na variação anula houve recuo de 15,3%, por isso, o resultado ainda não é bom.
"Mesmo com a perda da força da inflação e seus impactos favoráveis nas vendas, a confiança
do consumidor ainda segue fragilizada por causa do encarecimento do crédito e da instabilidade no mercado de trabalho", explica Juliana Serapio, assessora econômica da CNC.
A avaliação do emprego atual subiu 1,6% em relação ao mês de julho. Totalizando 102,3 pontos, teve uma queda de 5,6% em relação ao mês anterior. Já o percentual das famílias que se sentem seguras em relação ao emprego atualmente é de 28,9%.
Já o nível de consumo atual subiu 0,5% em relação ao mês anterior. Porém, na comparação anual houve queda de 29%. Grande parte das famílias (66%) declarou que está com nível de consumo menor do que no ano passado.
Desde fevereiro, agosto é o primeiro mês em que o item para duráveis tece aumento positivo, com 2,1% acima do verificado em julho. Porém, com 41,9 pontos, teve recuo de 22,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A maioria das famílias (76,3%) considera o momento inapropriado para a aquisição de duráveis.
Em relação ao mercado de trabalho, as famílias apresentam um aumento tímido de 0,5% nas perspectivas. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 5,4% e ficou com 94 pontos. O item Perspectiva de Consumo alcançou 53,6 pontos. Se comparado ao ano, recuo de 20,4%.
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