As Olimpíadas de Tóquio deverão contar com um diferencial. As tradicionais medalhas de ouro, prata e bronze deverão vir com materiais reciclados, isso mesmo, em especial, smartphones.
De acordo com os organizadores do evento, os eletrônicos descartados possuem metais suficientes para a produção de todas as medalhas dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2020, disse o site Nikkei Asian Review.
Para se ter noção, apenas no Japão, a quantidade de metais preciosos recuperados de produtos eletrônicos em 2014 somam 143 quilos de ouro, 1.566 de prata e 1.112 toneladas de cobre, disse ainda o portal.
O Japão é bastante pobre em recursos naturais, por isso, os metais encontrados em smartphones poderão evitar que o país tenha que importar ouro e prata, o que é muito comum em países que sediam os jogos. O Comitê Olímpico Internacional estabelece que cada medalha de ouro deva conter ao menos seis gramas de ouro 24 quilates. As medalhas das Olimpíadas do Rio 2016, por exemplo, são compostas de 92,5% de prata, 6,16% de cobre e 1,34% de ouro.
Para completar, os organizadores dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio esperam que a mudança na fabricação das moedas faça com que o mundo se conscientize sobre o desperdício de eletrônicos.
"Para que todos os japoneses participem dos Jogos Olímpicos de Tóquio, estamos pedindo que as empresas proponham uma nova forma de coleta e eu gostaria de trabalhar com o comitê olímpico para realizar a proposta", disse Yuko Sakita, representante da ONG Genki Net para a criação de uma Sociedade Sustentável, em um evento com o governo em junho deste ano, informou o Asian Review.
Conforme ONU, o lixo eletrônico é "um dos fluxos de resíduos de mais rápido crescimento do mundo" tanto em países desenvolvidos quanto em regiões em desenvolvimento.
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