Cientistas revelaram a descoberta de um planeta semelhante a Terra. Ele orbita ao redor da estrela mais próxima do Sol. O planeta em questão é pequeno e rochoso e tem condições de abrigar água no estado líquido, fator principal para o desenvolvimento de vida.
Os estudiosos ficaram empolgados com a descoberta. Chamado de Próxima b, o planeta pode ser o que possui maior possibilidade de vida perto do nosso Sistema Solar.
A equipe, que conta com mais de 30 cientistas, analisou os dados coletados a partir de dois telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO) entre 2000 e 2014 e ainda uma gama de observações realizadas entre janeiro e março de 2016.
As medidas são referentes ao efeito Dopler, que capta minúsculos deslocamentos de uma estrela que são provocados pela presença de um planeta que orbita ao seu redor.
Com isso, através dos dados foi possível concluir que Proxima b possui uma massa que equivale a cerca de 1,3 vez a da Terra e ainda orbita a Proxima Centauri a cada 11,2 dias a uma distância de 7,5 milhões de quilômetros de sua estrela.
A estrela Proxima Centauri está localizada a uma distância de 4,2 anos-luz do nosso Sistema Solar, o que levaria milhares de anos para chegar até utilizando a tecnologia atual.
"Ser bem-sucedido na busca do planeta terrestre mais próximo fora do Sistema Solar foi uma experiência de uma vida, e resultou da dedicação e da paixão de vários pesquisadores internacionais. Esperamos que essas descobertas inspirem futuras gerações a continuarem procurando além das estrelas. A busca por vida no planeta Proxima b vem em seguida", afirmou o coordenador do projeto e principal autor do estudo, Guillem Anglada-Escudé, da Universidade Queen Mary de Londres (QMUL).
"Estabelecemos que a variação não era causada por buracos estelares, soubemos que poderia ser um planeta orbitando uma zona onde a água poderia existir, o que é muito empolgante. Se futuros estudos concluírem que as condições de sua atmosfera são adequadas para abrigar vida, esta será provavelmente uma das descobertas científicas mais importantes que faremos", disse o pesquisador John Barnes, um dos autores do estudo.