O grupo América Móvil, dono das marcas Claro, Net e Embratel no Brasil, demonstra interesse em comprar a empresa de Telecomunicações Oi, seja como um negócio total ou em partes. Conforme o CEO da América Móvil, Daniel Haji, informou ao Valor Econômico, a oferta dependerá dos detalhes que Oi exigirá para a venda dos ativos, bem como das possíveis barreiras da legislação brasileira para concluir o negócio.
O interesse do grupo está em todas as áreas de atuação da Oi, tanto a telefonia fixa, móvel, banda larga, quanto demais serviços. A América Móvil já é líder de mercado nos segmentos de TV por assinatura e banda larga fixa, com suas marcas Net e Claro. A compra da Oi garantiria a liderança em todos os setores de telecomunicações, já que a operadora atualmente representa 34,4% do mercado de telefonia fixa, 24,3% da banda larga fixa, 18,7% da telefonia móvel e outros 6,5% de TV por assinatura. Haji diz que a fusão entre as duas empresas, algo que ocorreu recentemente com a Vivo e a GVT, é necessária para gerar escala na infraestrutura e nas tecnologias que sustentam as operações.
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A Oi está em um momento financeiro bem delicado. Em junho deste ano ela entrou com um pedido de recuperação judicial. A operadora soma mais de R$ 65 bilhões em dívidas, muito mais que o seu valor de mercado, que caiu para R$ 724 milhões neste ano.
Mesmo que a fusão de empresas signifique menos concorrência, o que pode trazer malefícios aos consumidores, a venda da Oi é uma maneira de acabar com a recuperação judicial da empresa - a maior na história do Brasil - e garantir que seus credores tenham suas dívidas pagas.
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