O Facebook anunciou através de nota que começará a flexibilizar a permanência na rede de conteúdos considerados "relevantes, significativos ou importantes para o interesse público", mesmo que elas possam violar as próprias regras de conduta da plataforma. A iniciativa surgiu após um vídeo da campanha de conscientização sobre o câncer de mama da Sociedade Sueca do Câncer ser removido da rede social.
A nota não expõe os detalhes de como será feito, mas afirma: "Vamos trabalhar com a nossa comunidade e parceiros para explorar exatamente como vamos fazer isso, tanto através de novas ferramentas quantos formas de restrições. Nossa intenção é permitir mais imagens e histórias sem apresentar riscos de segurança nem mostrar imagens fortes para menores de idade ou outras pessoas que não queiram vê-las".
O vídeo que foi removido pelo Facebook da organização sueca exibia desenhos de seios com círculos simples. De acordo com a sociedade, o Facebook já pediu desculpas pelo ocorrido. A página, no entanto, reagiu de forma irônica: "Hey Facebook, não foi a intenção de ofender com a nossa mama redonda. Agora chegamos a uma solução que venha a fazê-lo feliz: Dois quadrados cor de rosa!". No lugar de círculos, agora, eles usaram dois quadrados cor de rosa.
O "Aftenposten", maior jornal da Noruega, em setembro deste ano, publicou uma carta aberta ao CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, em que critica a retirada do ar da foto histórica de uma menina nua e outras correndo de um ataque na guerra do Vietnã.
"Imagens de nudez ou violência bem aceitas em uma parte do mundo podem ser ofensivas — ou até ilegais — em outra. Respeitar normas locais e práticas globais frequentemente se transforma em um conflito", argumentam os diretores Joel Kaplan e Justin Osofsky, através de nota. Eles alegaram que é difícil conciliar padrões globais.
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