Nesta quinta-feira (27), a Samsung anunciou que teve queda de 30% no lucro do terceiro trimestre de 2016. O resultado não é nenhuma novidade, já que a produção e venda do Galaxy Note 7 tiveram que ser suspensas.
A fabricante disse ainda que o lucro operacional entre julho e setembro foi de 5,2 trilhões de wons, ou seja, US$ 4,6 bilhões. Já no mesmo período do ano passado o lucro foi de 7,3 trilhões de wons.
Poucas horas após a publicação dos resultados, em uma reunião extraordinária de investidores foi aprovada a nomeação de J.Y. Lee para a diretoria de nove membros. J.Y. Lee é o herdeiro mais provável da Samsung, após o seu pai, Lee Kun-Hee, que foi presidente da Samsung Electronics e da matriz Samsung Group, ter enfrentado problemas cardíacos em 2014.
"Agora podemos dizer que o regime de Lee começou de maneira oficial", afirmou Lee Chaiwon, diretor de investimentos do fundo Korea Value Asset Management Co.
"Acredito que vem uma nova era. A empresa deve ficar um pouco mais amigável para os mercados", disse Lee à agência Bloomberg News.
Vale lembrar que após os problemas com o Galaxy Note 7, em que o aparelho superaquecia e explodia, a sul-coreana resolveu suspender de vez a produção e vendas do smartphone. O modelo entrou no mercado para competir diretamente com a rival Apple.
Agora, o futuro da Samsung está em risco. Não sabemos exatamente o impacto do fiasco com o Galaxy Note 7 será visto daqui por diante. A Samsung representa atualmente 17% do PIB da Coreia do Sul e a crise já impactou na economia sul-coreana, tanto que obrigou o Banco Central a ajustar as suas projeções de crescimento.
Felizmente, a empresa comunicou que a divisão de monitores e chips obteve um bom resultado. O lucro operacional da divisão foi de 3,37 trilhões de wons, alta de 28% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
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