Nesta terça-feira (20), o Banco Central anunciou medidas que devem melhorar a eficiência do sistema financeiro e ainda tornar o crédito mais barato. Entre as alterações, não consta a redução no prazo de repasse de dinheiro realizadas através do cartão de crédito para os lojistas, que atualmente é de 30 dias. A notícia foi muito bem recebida pelo Nubank, que poderia ter que encerrar as suas operações caso a medida fosse aprovada.
Agora, em vez de reduzir o prazo de repasse para até dois dias, igualmente já acontece nos Estados Unidos, o Banco Central irá trabalhar em conjunto com as instituições financeiras para poder implantar as medidas de forma mais sustentável, e assim, não prejudicar a competição no setor.
Caso a regra fosse aplicada imediatamente, os pequenos emissores de cartão de crédito seriam os prejudicados, já que poderiam não ter dinheiro em caixa para arcar com as suas operações, e consequentemente iriam quebrar. No entanto, os lojistas poderiam ser beneficiados, que atualmente demoram para receber o valor do cartão e assim, gerando uma falta de encontro entre receitas e despesas.
"Apesar de entendermos a situação dos lojistas, especialmente no cenário recessivo do país, seria ingênuo imaginar que o custo desse capital não seria facilmente repassado para os próprios lojistas e consumidores através do aumento de outras tarifas e juros", diz o Nubank através de comunicado. De acordo ainda com a empresa, "mais competidores no mercado trazem mais alternativas de melhor qualidade e menor custo para consumidores e lojistas".
Uma medida que deve entrar em vigor até março de 2017, é a proibição da exclusividade de bandeiras de cartões de crédito. Assim, todas as maquininhas deverão ser compatíveis com todas as bandeiras, "o que aumenta a competição no mercado de cartões e beneficia o consumidor".
O Banco Central ainda regularizou a diferenciação de preço, permitindo que os comerciantes possam cobrar diferentes valores dependendo do modo de pagamento. Com isso, as compras através de cartão de crédito poderão ficar mais elevadas. A autorização será dada através de medida provisória, que deverá ser publicada para entrar em vigor nos próximos 12 a 24 meses.
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