A contagem regressiva começou: em breve as agências, como as conhecemos, não existiram mais. Em Novembro do ano passado, tive a oportunidade de lançar o meu livro Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) em um debate na unidade da Faculdade Impacta em Campinas onde, ao lado de 4 grandes profissionais, a discussão foi sobre o futuro das agências, e a conclusão, foi que esse modelo, que hoje conhecemos, não passa de 2020. Um dos motivos é a internet, que cada vez mais mensurável, tem feito com que os anunciantes queiram anunciar mais em performance do que branding, sendo simplista, mais Google, menos Globo, entretanto, esse é um assunto para outro artigo.
Diante a esse potencial cenário, as agências começam a rever seus modelos de negócio, sabem que a internet está crescendo dentro das estratégias de marketing dos anunciantes, que a internet está cada vez mais no dia a dia do consumidor e que as mídias, tidas como tradicionais, ainda tem a sua importância, mas não mais como na década de 90, quando os 30 segundos da Globo e a página dupla na Veja resolvia muitos problemas de vendas. Hoje, esses canais se mantém fortes, mas é preciso da interação, da continuidade da mensagem e nesse momento, as agências, começam a rever modelos de negócios para que tragam coisas novas para os anunciantes. Inovação é a palavra da moda no mundo dos negócios e com Nubank, Banco Neon, Netflix, Uber, AirBnb crescendo, se faz ainda mais necessário. A tecnologia e a comunicação cada vez mais trabalham lado a lado.
Um movimento que vejo com bons olhos é o crescimento das Startups dentro das agências. R/GA, Santa Clara, Sunset, Leo Burnett, Y&R já estão nesse movimento há algum tempo. Sei de alguns projetos com sucesso dentro dessas empresas, mas a ética me impede de citar. Claro, como todo o projeto de Startups há aquelas que vão dar muito sucesso, outras pagarão as contas e outras não vão dar em nada, como se diz no mundo corporativo "é o risco do negócio" e quanto mais risco, mais chances de ser único e um sucesso. Tenho visto muitas iniciativas com o pessoal da Distrito.me, um co-working focado em desenvolvimento de negócios e startups, uma empresa que muitas agências e anunciantes estão buscando para parcerias. Eu mesmo, um grande anunciante, estou atrás de uma iniciativa nova, algo revolucionário para um engessado mercado que meu cliente trabalha, entretanto, a estratégia de ter uma startup ao nosso lado com um projeto focado apenas para nós, agrada a todos, um modelo que as agências tem feito.
Se torna um ganha-ganha para todos. As agências tem algo diferente para mostrar ao cliente. E cobrará por isso. Os funcionários das Startups ganham um emprego remunerado e ainda a chance de ganhar dinheiro pois seus projetos serão vendidos pela agência, que tem mais experiência e contatos para isso, deixando-os focado em sempre aprimorar seus projetos. O mercado ganha com inovações e a economia movimenta. Que esse movimento possa trazer inovações que o mercado precisa, com novas e inquietas mentes dos jovens que nasceram na web.
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