Esta semana escrevi uma notícia sobre um falso app do Super Mario Run rolando por aí. Ele promete o game - que AINDA não possui versão para Android - instalada de forma alternativa em seu smartphone Android. É Golpe, claro! Mas a ganância das pessoas em utilizar um app, game, programa no PC e filmes fala mais alto que a sensatez. O camarada deixa de ir ao cinema para ver o lançamento não porque é "caro", mas porque quer ver o filme HOJE, antes dos outros. O game do Mario fez barulho ao ser lançado para iOS e os usuários de outras plataformas móveis ficam ao léu? Claro que não! "Vamos encontrar uma solução, nem que seja obscura".
É bem verdade que, em se tratando de tecnologia, as chances de ser enganado ganham proporções estratosféricas. Pois é justamente por isso que devemos tomar ainda mais cuidado.
A comunidade da internet é, essencialmente, compartilhadora de dados. Se você não pode pagar por um programa de edição de imagens famoso e mais equipado, a internet oferece dezenas de possibilidades de você instalar este mesmo programa em seu PC, de graça. Está certo? Óbvio que não! É justo que a empresa dona do software cobre o que cobra por ele? Óbvio que sim! Então como fica o consumidor? Ele compra se pode ou encontra uma alternativa entre programas semelhantes e gratuitos. Ponto! Veja também: 10 dicas de segurança na internet
Esta questão em específico ainda ficou mais palpável nos últimos anos. Empresas como Microsoft e Adobe já oferecem pacotes mensais para uso de seus programas (Office e Photoshop). Eu, por exemplo, comprei a licença do Office por 1 ano numa promoção de R$ 54,00 ORIGINAL, com caixa e tudo mais. De forma semelhante, pago mensalmente - pode ser anual - um valor inferior a R$ 50,00 para utilizar dois programas de meu interesse (Photoshop e Lightroom). Todos estes recebem atualizações constantes, suporte se for necessário e, de quebra, me sinto muito bem comigo mesmo.
Ps: Para meu caso, fiz uma análise de quão úteis estes softwares me são no dia a dia. O resultado é um: MUITO.
Eu confesso que por muito tempo só o que eu fazia em casa era baixar filmes, séries e jogos. Hoje compreendo a indústria e suas demandas, faço uso de plataformas que me dão alternativas, como o Netflix. Portanto, não tenho a menor necessidade de procurar os filmes do momento.
Problema dos tempos atuais?
Sem dúvidas não é de hoje que as pessoas "trocam os pés pelas mãos" e levam um tremendo tombo na vida. Quem nunca ouviu falar do famoso "Conto do bilhete premiado" - quando um meliante aborda uma pessoa e afirma ter ganho na loteria, mas por ter pendências no banco não quer resgatar a grana para não ter a dívida descontada da premiação? A vítima se sensibiliza com o caso. Então o meliante pede um valor bem abaixo do prêmio para trocar pelo bilhete ‘premiado’. Que oportunidade é essa, senhores?
Pode parecer loucura, mas as pessoas caem neste conto até hoje! ATÉ HOJE!!
De volta ao assunto principal. Que maravilhoso você presentear seus pais, avós e pessoas de idade com um smartphone, não é mesmo? Ajude-o a instalar o Whatsapp e vocês podem conversar a qualquer hora do dia, seja por texto, áudio ou vídeo. E quem sabe ele não encontra os ex-colegas do trabalho em um grupo animado, hein? Ninguém tem culpa por eles terem vivido em um tempo sem esta tecnologia, ou melhor, sem tanto lixo sendo divulgado à exaustão via internet. Citei acima pessoas de idade, mas a verdade é que TODOS NÓS somos ludibriados diariamente por notícias, artigos, mensagens de Whatsapp, promoções, prêmios de algo que nunca concorremos, filhos de ex-presidente e por aí vai...
Veja também: Quais são os principais golpes aplicados na internet?
Até quando vamos receber uma informação e tomá-la como verdadeira sem nem sequer questionar a veracidade? Até quando o Whatsapp quer que eu pague para baixar uma versão ‘beta’ sendo que o app é inteiramente gratuito? Jogos pagos oferecidos ~gratuitamente~? Chega!
Quer umas dicas bem pessoais sobre como proceder para tentar evitar isso tudo?
Sobre Apps:
- Aplicativos são atualizados automaticamente pela desenvolvedora. Não é necessário clicar em links externos;
- Procure por apps apenas na sua loja de aplicativos;
- Tenha um antivírus em seu celular;
- Recursos extras em apps não são prioridade para você. Não precisa saber quem adicionou seu número;
- Analise a tela do app quando este estiver aberto e procure propagandas nas extremidades, elas podem te levar para links externos;
- Aliás, desinstale já o aplicativo que te força a clicar em banners, eles estão mal-intencionados;
- Se o app oferece uma versão paga (na loja de aplicativos), opte pela versão paga sem propagandas. Dessa forma você ajuda ao desenvolvedor honesto;
- Antes de baixar qualquer coisa, pesquise na internet sobre o app. Se possível tente descobrir a desenvolvedora.
No Whatsapp
(O que deveria ser um meio de comunicação, se tornou um propagador de informação inútil e muitas vezes mentirosa. É como se você estivesse em meio a um tiroteio, em que não se sabe qual das balas é de amigo e qual é de inimigo):
- Quando receber uma notícia, verifique o link, a fonte, a veracidade das informações;
- Só depois disso você pode, ou não, compartilhar;
- Ignore mensagens com "vamos compartilhar para o máximo de pessoas possível";
- Desaparecimentos de crianças com áudio e tudo. Pesquise sobre a veracidade da informação;
- Crie um filtro mental para informações irrelevantes.
Tenho convicção que esta coluna não vai quebrar paradigmas e resolver o problema. Esta é minha opinião e casos semelhantes têm ocorrido constantemente com pessoas próximas a mim. Eu só quero que elas e você não passem por isso. Só isso.
Veja a seguir:
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