A Apple, recentemente, abriu processo de US$ 1 bilhão contra a Qualcomm em decorrência das práticas de licenciamento da empresa. Porém, ao que tudo indica, a fabricante de processadores não pretende deixar o assunto assim, revelou uma fonte ouvida pelo Recode.
Vale mencionar que a Qualcomm também foi processada no final do ano passado pela FTC, a agência reguladora de comércio dos Estados Unidos, em razão do seu esquema de licenciamento. A Apple integrou as investigações da FTC no caso e alegou que a fabricante de chips retaliou contra sua participação, retendo o equivalente a US$ 1 bilhão em pagamentos para a empresa.
Processos judiciais não atrapalham as negociações de produtos entre Qualcomm e Apple.
Apesar das disputas judicias entre as empresas, nenhuma delas pretende parar de fazer negócios com a outra. A Apple, como sabemos, fabrica os seus próprios chips, porém, ainda usa alguns componentes da Qualcomm. A empresa chinesa é responsável pelo fornecimento de chips de modem de redes móveis dos iPhones, por exemplo.
No iPhone 7 e 7 Plus, a Apple também testou pela primeira vez o uso de chips de modem fabricados pela Intel. No entanto, os chips da Intel eram apenas compatíveis com as tecnologias de redes móveis utilizadas pelas operadoras AT&T e T-Mobile. Assim, para os clientes da Sprint e Verizon ainda era necessário os modems da Qualcomm.
A grande questão é que não é possível apenas licenciar o uso de modems da Qualcomm. A companhia exige que as empresas que querem usar os seus chips paguem para licenciar as tecnologias subjacentes que são utilizadas pelos modems. Isso significa que, usando um automóvel como exemplo, seria necessário, além de licenciar o carro, também o uso dos pneus, do motor, entre outros componentes.
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