Mark Zuckerberg, na última quinta-feira (16), publicou um texto mencionando as suas ideias para melhorar o funcionamento do Facebook no decorrer dos próximos anos, e de acordo com ele, muitas coisas deverão mudar. Um dos pontos mais relevantes está relacionado ao que pode e o que não pode ser publicado na rede social.
De acordo com o CEO do Facebook, tem aumentando muito a incidência de controvérsias em relação ao que o Facebook censura. "Avaliamos mais de 100 milhões de tipos de conteúdo por mês e, mesmo que nossas avaliações estejam certas em 99% dos casos, ainda há milhões de erros por vez", escreveu.
Por isso, o Facebook pretende aplicar um novo modelo de política de uso, um que leve em consideração a sensibilidade de cada indivíduo quanto aos assuntos polêmicos. Em suma, cada usuário poderá escolher o que desejar ver ou não em seu feed de notícias.
"A ideia é dar a todos na comunidade opções sobre como eles gostariam de configurar a política de conteúdo para si próprios", explicou. "Qual é a sua linha para nudez? Violência? Conteúdo explícito? Profanidade? O que você decidir será sua configuração pessoal. Vamos te fazer essas perguntas periodicamente para aumentar a participação e assim você não precisa ficar fuçando por aí [dentro do Facebook] para encontrá-las."
Caso o usuário opte por não responder os questionários do Facebook, os seus padrões serão ajustados de acordo com a maioria local.
"Com uma comunidade de quase 2 bilhões de pessoas, é menos viável ter um único conjunto de padrões para governar a comunidade inteira, então precisamos evoluir para uma governança mais localizada", disse Zuckerberg. "Não é surpreendente que europeus encontrem falhas quanto à remoção de imagens reproduzindo nudez mais frequentemente, já que algumas culturas europeias são mais abertas a nudez do que, por exemplo, muitas comunidades no Oriente Médio ou na Ásia."
No Facebook, é muito provável que as pessoas poderão postar o que quiserem, decidir o que quer ver ou não ficará a cargo de cada um. "Embora ainda iremos bloquear conteúdo com base em padrões e legislações locais, nossa esperança é de que esse sistema de controles pessoais e referendos democráticos deva minimizar as restrições sobre o que podemos compartilhar", disse o CEO.
Mark Zuckerberg diz que parte das mudanças terão início ainda em 2017, porém, muitas delas não serão possíveis "por muitos anos".
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