Battlerite é um jogo de ação multijogador extremamente focado em PvP desenvolvido pela Stunlock Studios, e que teve seu desenvolvimento baseado no jogo Bloodline Champions, da mesma empresa.

Como o jogo está em acesso antecipado, é possível que algumas coisas ditas aqui sejam alteradas até o lançamento oficial, mas a premissa principal com certeza será mantida.

  • Estúdio: Stunlock Studios
  • Gênero: Ação
  • Classificação: L
  • Plataforma: PC
  • Jogadores Multiplayer: Multiplayer online battle arena (MOBA)
  • Desenvolvedora: Stunlock Studios

Battlerite - Veja aqui a ficha técnica completa

História

Com relação à história, pouco pode ser dito sobre Battlerite. Seu antecessor, Bloodline Champions, é um jogo que era rico em história, porém até o momento, Battlerite não tem nada além da separação dos personagens de acordo com sua origem: Norte, Sul, Leste e Oeste. Podemos imaginar que, depois que o jogo sair do acesso antecipado, algum plot apareça.

[VÍDEO] Battlerite: Análise do jogo

Jogabilidade

A respeito da jogabilidade, o jogo teve várias inspirações, mas sua proposta é bem simples: uma arena onde times rivais de 2 ou 3 jogadores lutam até a morte. O jogo é extremamente focado no combate, onde as partidas são extremamente rápidas pois são compostas de uma melhor de cinco rodadas de no máximo três minutos cada. Então a equipe que eliminar a outra três vezes vence a partida.

Battlerite não tem itens, runas, masteries ou qualquer tipo de aprimoramento genérico. Ao invés disso, possui os chamados Rites que são aprimoramentos temporários específicos para seu personagem. Em cada nova rodada você pode escolher um de três opções de Rites, com exceção da última, com apenas 2 opções. Elas podem ser ofensivas, defensivas ou de suporte e cabe a você escolher a melhor opção para cada situação.

Em termos da mecânica de combate, o jogo é uma versão mais simplificada do que você encontraria em um Moba atual. Os arquétipos das skills são bem simples: todo campeão tem um pulo ou dash, um skillshot, uma forma de se defender, uma forma de deixar o inimigo desabilitado e 2 ultimates, um que custa 1 barra de energia e é mais fraco, e um que custa 4 barras de energia e é sua skill mais forte. Isso acaba restringindo um pouco a criatividade que você tem nos campeões, já que, em termos de skills, todos são bem parecidos.

[VÍDEO] Battlerite: Análise do jogo

Mas fora isso, aquilo que foi colocado no jogo se encaixa bem. As batalhas acontecem de maneira natural; são intensas e divertidas. Elas ocorrem em alguns mapas diferentes o que traz uma mudança de ares necessária pra não tornar a experiência repetitiva. Mas existe um elemento que se repete em todos, que é o ponto de controle central. Ele força os times a lutarem no meio do mapa para conseguir um bônus de energia que é necessário pra poder usar os ultimates. Além disso orbs de energia e vida aparecem em alguns lugares do mapa, tornando as batalhas mais interessantes e desafiadoras.

Outro elemento que impacta diretamente as batalhas é o fog que restringe à visão do jogador, mas também oferece uma forma de refúgio e disengage. É possível então durante as lutas usar isso de forma estratégica para se reagrupar ou encurralar os inimigos. É uma forma de tornar as batalhas menos similares e repetitivas ao adicionar elementos externos ao sistema de combate em si.

Ao final da partida você vai ganhar experiência com o campeão jogado e conforme for pegando níveis nele vai ganhando recompensas, algo similar ao que vemos no Heroes of the Storm. As recompensas podem ser dinheiro ou baús que contém itens cosméticos como avatares, poses, skins e mais. No mesmo estilo da Loot Box do Overwatch. Além disso você ainda pode fazer missões diárias para conseguir recompensas. Igual o que a gente vê no Heartstone. Dá para ver que Battlerite buscou influências em grandes jogos da atualidade e conseguiu mesclar tudo isso.

Gráficos

No quesito gráfico, Battlerite é muito bom. As arenas foram criadas com bastante atenção aos detalhes e as animações das skills são excelentes. Existe uma diferença na saturação entre as cores do cenário e as cores das habilidades, o que é algo bem simples, mas que ajuda muito um jogo onde o foco é a batalha porque o feedback visual daquilo que o jogador está fazendo e daquilo que está acontecendo ao redor é mais claro, facilitando assim o combate. Além disso, o show de luzes e efeitos que viram as batalhas também é muito legal.

O ângulo da câmera foi muito bem pensado. O campo de visão é amplo suficiente para que a câmera não atrapalhe durante as batalhas que ficam bem frenéticas. Tomaram também um cuidado com o realismo desse campo de visão: existe um desfoque aplicado à estruturas e elementos da arena para criar a sensação de foco e profundidade no combate. São pequenos detalhes, mas que deixam o jogo mais bonito e agradável.

[VÍDEO] Battlerite: Análise do jogo

O jogo também tem suporte total para monitores ultrawide e não apresenta problemas de FPS drop, nem mesmo durante as lutas mais intensas. Talvez o único problema da parte visual é a interface, que é bem feia para falar a verdade. Não que isso atrapalhe o jogo, mas como a proposta do jogo é de partidas rápidas, você vai voltar muito para a interface do jogo e vai passar bastante tempo lá durante o matchmaking. Por isso você vê games como League of Legends tentando criar interfaces bonitas e agradáveis, para tornar a experiência do jogador melhor durante a espera pelas partidas que costumam ser momento frustrantes e podem ser as vezes demorados.

Sonoplastia

Em um jogo cujo foco é o combate, é de se esperar que todas as ações dos jogadores tivessem um feedback auditivo para auxiliar na navegação e na luta. E bom, no Battlerite não podemos reclamar disso. Todas as skills tem seus respectivos sons e a variedade de efeitos sonoros empregada é grande. Assim como tiveram o cuidado com o visual das habilidades, também tiveram no som.

A música do jogo é pouco variada e tem função principal de deixar os jogadores no clima da batalha. Ela é boa mas não reage com mudanças dentro da arena com exceção da morte súbita. É um jeito sutil de adicionar mais tensão à luta. Mas como os efeitos sonoros são mais importantes para a fluidez do jogo, a música acaba ficando por trás, dando uma ajuda mais leve na criação da experiência do jogador.

[VÍDEO] Battlerite: Análise do jogo

Além dos efeitos sonoros e da música, vale dizer que Todos os campeões possuem vozes próprias. É um elemento simples mas bem bolado do jogo que ajuda inclusive no combate: como cada personagem vai ter uma fala específica pra certas habilidades como o ultimate ou certas situações, isso ajuda a entender o que está acontecendo como um todo na partida. As vozes não são nada extraordinário, mas são legais e condizentes com os personagens. A única pena é que não existe opção dublada em português.

Conclusão

O jogo é bem divertido, as partidas rápidas evitam certos estresses como em Dota 2, onde você passa 50, 60, 70 minutos em uma partida e acaba perdendo por alguma bobeira. No Battlerite, o maior tempo que você perderá é de 15 minutos em uma partida extremamente acirrada. Apesar do jogo ter um preço, esse valor corresponde ao acesso antecipado. Quando o jogo for finalizado e lançado, ele será gratuito, e a compra do acesso garantirá aos jogadores o desbloqueio de todos os personagens disponíveis, enquanto que o jogador free deverá comprar os diferentes personagens através das moedas internas do jogo.