Na quarta-feira (26), a sonda espacial Cassini, da NASA, irá adentrar nos anéis de Saturno, a última fase da sua missão, que deverá acabar em 15 de setembro, quando ela será destruída ao atingir a atmosfera do planeta.
A Agência Espacial Europeia (ESA) realiza a missão em conjunto com a NASA, desde 1997. Conforme comunicado, assim que a Cassini cruzar o primeiro plano dos anéis de Saturno, ela irá se introduzir entre eles e o planeta.
A manobra ocorre após a Cassini passar pela última lua de Saturno no dia 22 deste mês e atingir a gravidade do planeta, e com isso encerrar a sai missão com execução de 22 órbitas em torno do corpo celeste.
Conforme a ESA, as "repetidas imersões nesta região inexplorada" será concluída uma missão durante a qual foram "recolhidos dados sem precedentes para responder as questões fundamentais sobre a origem de Saturno e o seu sistema de anéis".
A Cassini, após decolar em 1997, viajou pelo Sistema Solar durante sete anos até chegar ao planeta em 2004. Após alguns meses, acabou se soltando da sonda europeia Huygens, que aterrissou no satélite natural de Saturno chamado Titã em 14 de janeiro do ano seguinte.
Em 13 anos de missão, a Cassini passou praticamente pela metade da órbita do planeta, que leva 29 anos para conseguir dar uma volta em torno do Sol. De acordo com a ESA, ela poderá fornecer informações sobre o passado e o futuro da Terra.
Por ter pouco combustível, o seu fim está programado com uma mudança de trajetória que chegará ao final em 15 de setembro, quando irá e desintegrar. A Cassini, nesta última fase, irá proporcionar dados científicos que ainda não haviam sido recolhidos, já que até então ela não havia estado entre o planeta e os seus satélites.
A sonda medirá o campo gravitacional de Saturno a somente 3 mil quilômetros de suas camadas superiores de nuvens, o que irá contribuir para melhorar os modelos atuais de sua estrutura interna e também dos ventos da sua atmosfera.
Os cientistas esperam ainda descobrir a gravidade do planeta levando em consideração a minúscula atração que exercem os anéis na sonda. Com isso será possível calcular a massa total dos anéis "com uma precisão inédita", disse a ESA.
"Vamos terminar essa missão com muitas informações novas, dados incríveis nunca antes descobertos", diz Athena Coustenis, do Observatório de Paris em Meudon, na França. "Esperamos conseguir (dados sobre) composição, estrutura e dinâmica da atmosfera, além de informações fantásticas sobre os anéis".
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