Os aplicativos de transporte Uber e 99 desistiram de negociar com o prefeito de São Paulo, João Doria. A administração havia anunciado que os serviços forneceriam corridas gratuitas aos funcionários públicos nesta sexta-feira (28) para que todos pudessem trabalhar durante a paralisação geral. Porém, na última hora, ambas acabaram se recusando a prestar o serviço.
A Prefeitura de São Paulo limitou-se a dizer que não foi mais possível obter a gratuidade. Mas, disse que as empresas propuseram a oferecer descontos para todos os usuários durante o dia de greve.
Nesta sexta-feira, tanto o 99 quanto o Uber estão dando descontos de R$ 20 em duas corridas, ficando restrito a modalidade POOL e durante os horários de pico, ou seja, entre as 7h e 16h ou das 16h às 20h.
O plano inicial de Doria era de que os aplicativos fizessem uma doação à prefeitura, com os funcionários públicos sendo transportados e sendo reembolsados por isso. Na noite de quarta (26), inclusive, uma ficha cadastral foi liberada para que os interessados pudessem deixar os seus nomes. No entanto, ela acabou vazando na web, gerando cadastros falsos e dificultando a parceria.
O fim da parceria teria ocorrido na noite de quinta-feira (27), quando a prefeitura emitiu um novo comunicado aos servidores indicando alternativas, bem como disponibilizar os descontos dados pelos aplicativos. Além disso, citou a busca por colegas que possam morar nas redondezas para que caronas fossem organizadas.
Vale notar que a greve geral desta sexta-feira possui abrangência nacional e tem como objetivo protestar contra as reformas trabalhistas.