Já não é novidade que a Samsung tem uma família enorme de produtos para atender ao máximo o desejo dos usuários mobile, por isso, pode parecer repetitivo olhar para toda a grade de smartphones intermediários da marca sul-coreana. Nela você vai encontrar produtos que variam muito pouco entre si, como os Galaxy J3, J5 e J7, e também os Galaxy A3, A5 e A7.
>> Confira nosso Ranking de Smartphones
Mesmo procurando atender a todo tipo de gosto, a Samsung acaba competindo contra ela mesma nesse quesito, oferendo produtos que são diferentes, mas nem tanto. É bem verdade que isso mudou em 2017, já que a família ‘A’ teve um belo upgrade, elevando não só características físicas de design, como também nos componentes de hardware.
Pois bem, hoje nosso papo é sobre o Galaxy J7 Prime, o maior aparelho da família ‘J’, com 32GB de armazenamento interno, 3GB de memória RAM e processador octa-core. Vamos lá?
Por fora pouca novidade
Não adianta, a Samsung encontrou o que ela acredita ser o melhor design possível para seus aparelhos, pelo menos na face frontal. Já há alguns anos o estilo permanece o mesmo para os smartphones intermediários, reservando apenas mudanças mais significativas na parte traseira.
Na frente, olhando na extremidade superior, você vê a câmera frontal, sensores e o flash. O display de 5,5 polegadas e mais abaixo os tradicionais botões capacitivos de app e voltar com o Home físico e sensor biométrico ao centro.
Uma boa notícia para quem não gosta daquela protuberância da câmera principal; com o Galaxy J7 Prime a câmera fica escondidinha dentro da carcaça e ainda com um leve rebaixo para não riscar o vidro de proteção. Ao lado fica posicionado o flash. Tudo muito simples e objetivo.
Os botões de volume ficam à esquerda e o de liga/desliga na direita. A saída de som fica posicionada pouco acima; uma posição boa que dificilmente será encoberta quando você segura o telefone com tanto na posição vertical como horizontal.
Diferente do Galaxy J7 Metal, o Prime não possui tampa removível. Com isso, em uma das laterais estão duas gavetas, uma para inserção dos cartões SIM e outra para um eventual cartão de memória (até 256GB), caso os 32GB interno sejam pouco para você.
A entrada USB permanece a tradicional MicroUSB e fica na extremidade inferior, junto do microfone e a saída para fones de ouvido.
Por dentro, um intermediário bom
Como dito no início deste review, a Samsung tem vários modelos de smartphones, por isso o J7 Prime é a versão mais completa da família ‘J’. Ele possui um processador Octa-core produzido pela própria Samsung, o Exynos 7870 1.6 GHz. Este processador trabalha em conjunto com a GPU Mali-T830MP2 e 3GB de memória RAM.
O conjunto de hardware é mais do que suficiente para uso cotidiano com bons momentos de jogatina em games como Real Racing 3, por exemplo. Em alguns momentos as imagens do game meio que perderam definição, mas nada demasiadamente prejudicial. Já durante um momento no GTA San Andreas, tudo me pareceu desenvolver-se de forma natural, ou seja, sem queda de frames ou lentidão.
Numa situação que não é corriqueira, passei um dia todo no 4G/3G usando as redes sociais, aplicativos de localização e muitos outros apps abertos simultaneamente sem notar qualquer dificuldade de execução nem medo de que a bateria fosse se acabar.
Bateria esta que possui 3300 mAh de potência, dando ao usuário tempo de sobra para fazer qualquer atividade por horas. Durante os testes cheguei a, com 29% de bateria restante, alcançar praticamente 1 dia e 10 horas de autonomia. A Samsung já me surpreendeu com a capacidade e otimização da bateria em outros modelos, como o Galaxy A7 2015, Galaxy J5 Metal e com o J7 Metal não foi diferente.
No Galaxy J7 Prime, novamente a surpresa pela condição duradoura da bateria, portanto, se este é um ponto forte na sua escolha por um novo smartphone, olho na Samsung.
O display dispensa comentários, apesar de não ser o poderoso Super AMOLED dos modelos high-end, o TFT LCD tem muita qualidade. Ele tem resolução fullHD. A Samsung definitivamente manda bem nesse quesito.
Acerto na memória
Ninguém merece receber aviso do sistema sobre falta de capacidade de armazenamento, não é mesmo? Por isso as grandes marcas têm oferecido mais que 16GB de armazenamento para smartphones com custo acima dos 1300 reais. Basta você pensar que a LG lançou o G6 (top de linha da marca e que custa 4 mil reais) com os mesmos 32GB de memória interna.
É claro que você pode ampliar esta capacidade com um cartão microSD de até 256GB e ainda utilizar serviços de armazenamento em nuvem como o Drive e outros. Dica: Google Fotos.
Sensor biométrico lento
Praticamente parte obrigatória nos smartphones atuais, o sensor biométrico está também incluso no Galaxy J7 Prime. Aparentemente a Samsung economizou nessa e o tempo de resposta do leitor é frustrante. Ele também sofre para reconhecer o dedo quando você está com pressa.
Funciona, mas não tão bem quanto você vê em outros modelos como o Galaxy S6, S7 e S8.
Câmera
Apesar de estarmos falando de um smartphone intermediário, o preço do J7 Prime exige que software e hardware da câmera sejam minimamente consistentes. Caso que ocorre com este modelo. Embora o software seja o mesmo já usado pela marca a tanto tempo, acredito que a Samsung encontrou zona confortavelmente ideal para suas câmeras.
Além dos Modos tradicionais Automático, Panorâmica, Filtros HDR e Embelezamento, você tem uma espécie de Modo Pro - que te dá um pouco de liberdade para explorar o balanço de branco, ISO e quantidade de luz, mas é bem mais limitado do que estamos acostumados a ver em outros modelos.
No entanto, as fotos ficam boas, guardadas as devidas proporções. Com dia nublado, como você pode ver nas imagens da galeria abaixo, também fica complicado ter plena iluminação das cadeiras no estádio. Em contrapartida na foto da ‘cadeira 21’, por conta da luz, é possível ver maior riqueza de detalhes mesmo com um pouco de zoom. A imagem do copo com as canetas mostra os diferentes pontos de foco existentes, neste caso, bem ao centro, enquanto as canetas mais espalhadas ficam já fora da área de focagem. Para finalizar um pouco do fundo desfocado que as lentes usadas pela Samsung do J7 Prime podem oferecer. Diria que o resultado com estas câmeras não é sensacional, mas fica longe de ser ruim. Outro ponto em que a Samsung finalmente se estabilizou. A TouchWiz - interface própria - ganhou versões mais consistentes e leves, entregando ao usuário um sistema bonito, útil e que não atrapalha. É claro que podia ser melhor, mas gostei. O Android é Marshmallow ainda, mas a atualização está garantida para o Android 7.0 Nougat. Lembrando a Samsung oferece uma pasta de aplicativos próprios além de sua loja de app. O usuário também ganha pré-instalado os apps do Office, além, claro, do pacote Google. Chega a ser chato, mas a Samsung não se ajuda! Novamente a grande pedra no sapado do J7 Prime é o seu preço - que circula entre R$ 1069,00 e R$ 1599,00. Na média, você encontra este aparelho por R$ 1299,00, que é um preço atual para a categoria. Com o J7 Prime você tem um bom hardware, com memória suficiente para encher o celular com aplicativos e dados, tem um processador que não teve lá muito trabalho, salvo poucos momentos em que o tempo de resposta táctil foi maior que o normal; ele tem câmeras decentes, capazes de atender as necessidades ‘básicas’ de um passeio no lago ou para guardar recordação da visita de domingo; os games que joguei não tiveram travamentos bruscos que, de alguma forma, prejudicassem o andamento dos jogos. O único ponto realmente negativo é que o sensor biométrico é mais lento que o dos smartphones high-end, podendo gerar irritação se você já usou um S7, por exemplo. Portanto, meu amigo, se você encontrar uma promoção boa, o J7 Prime é uma boa opção. E o que você me diz sobre este aparelho? Quero sua opinião nos comentários, ok?Software
Vale a pena comprar um Galaxy J7 Prime?