No domingo (14), a Microsoft divulgou um texto criticando os governos por explorares as vulnerabilidades dos sistemas de internet. O conteúdo está direcionado à Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), que acabou usando uma brecha no Windows XP em algumas ações de espionagem. Leia e entenda o que é o ataque Ransomware.
O mesmo procedimento acabou sendo copiado e utilizado por hackers nos ataques virtuais em massa que aconteceram em 150 países e ocasionou em mais de 200 mil vítimas na última sexta-feira (12). "Os governos do mundo devem tratar este ataque como um aviso", escreveu Brad Smith, presidente da Microsoft. "Eles precisam adotar uma abordagem diferente e aderir no ciberespaço às mesmas regras aplicadas ao mundo físico", disse o executivo.
Criamos um especial com as notícias sobre o ataque, acompanhe.
Vários serviços acabaram sendo afetados pelo vírus de computador no mundo inteiro, incluindo hospitais públicos na Inglaterra e ainda o INSS no Brasil, bem como outras tantas empresas espalhadas pelo mundo.
"Finalmente, este ataque fornece mais um exemplo de por que o armazenamento de vulnerabilidades pelos governos é um problema", afirmou Brad Smith.
Para completar, a Microsoft ainda comparou o vazamento da vulnerabilidade com as armas do mundo real. "Um cenário equivalente com armas convencionais seria o exército americano ter um míssil Tomahawk roubado", disse Brad Smith.
"Nós precisamos de uma ação coletiva para aprendermos as lições do ciberataque da última semana. E nós precisamos de isso agora", disse Brad Smith, através de sua conta no Twitter, neste domingo.
O executivo ainda mencionou a ação do governo americano no vazamento do problema no software. "Vimos aparecer no WikiLeaks vulnerabilidades armazenadas pela CIA, e agora esta vulnerabilidade roubada da NSA (Agência Nacional de Segurança) afetou clientes em todo o mundo", criticou Smith.
Como ocorre a infecção nos computadores?
Para quem está preocupado com a questão do vírus, saiba que ele chega através de e-mail, por uma brecha do Windows, vazada na internet em abril deste ano. O problema existia no Windows até 14 de março, quando a Microsoft corrigiu a questão através de uma atualização. No entanto, quem ainda não atualizou o computador está vulnerável. A brecha faz com que o vírus contamine outros computadores, incluindo na mesma rede. Vale mencionar que o vírus se propaga apenas nos computadores, sendo assim, os smartphones estão livres.
Como podemos nos prevenir do problema?
Como forma de prevenção, os usuários precisam manter o sistema operacional atualizado, realizar cópias de segurança e ter muito cuidado ao abrir arquivos e links recebidos por e-mail, bem como os "macros" de documentos do Office.
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