Nas últimas semanas, o sequestro de aparelhos nunca esteve tão em alta, especialmente pelo WannaCry, que foi responsável pela invasão de vários computadores em muitos locais do mundo. Porém, o vírus do tipo ransomware não é exclusivo para computadores, sendo que os smartphones podem também ser comprometidos.
De acordo com um levantamento divulgado nesta terça-feira (23), pela Kaspersky Lab, esse tipo de golpe, direcionado aos dispositivos móveis, teve aumento de 3,5 vezes entre janeiro e março deste ano.
A empresa de segurança mostra que o número de arquivos ransomware móvel passou de 61,8 mil, no trimestre passado, para 218,6 mil, no início deste ano. Tal aumento ocorre, principalmente, pelo crescimento da família Congur, que está presente em 86% dos golpes já identificados.
O ransomware Congur é um bloqueador que configura e também restabelece o PIN do aparelho, o que acaba fornecendo direitos de administrador no dispositivo e também algumas variantes do malware para que os cibercriminosos possam instalar o seu módulo na pasta do sistema. Vale mencionar que a remoção do arquivo é praticamente impossível.
O Trojan-ransom.AndroidOS.Fusob.h é o líder dos trojans ainda. Conforme o estudo, ele foi o responsável por 45% de todos os ataques a dispositivos móveis.
Quando tal trojan é executado, ele solicita privilégios de administrador e consegue coletar informações do dispositivo através do histórico de chamadas e suas coordenadas GPS. Após isso, ele carrega os dados em um servidor que pode enviar a ordem para bloqueio do aparelho.
"O panorama de ameaça ransomware móveis ficou longe de ser calmo no primeiro trimestre do ano. O número de ameaças cresceu, com novas famílias e modificações de famílias já existentes. As pessoas precisam ter em mente que os criminosos podem - e cada vez mais vão- tentar bloquear o acesso a seus dados não apenas em um PC, mas também em seu dispositivo móvel", explica Roman Unuchek, analista da Kaspersky Lab.
Para evitar ataques, a recomendação principal é que os usuários tenham muita cautela ao acessar a web: Não clicar em páginas e links duvidosos, bem como não inserir dados em cadastros sem saber a procedência da página. Também é indicado manter um backup atualizado do aparelho.
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