A Nasa acaba de revelar novas imagens de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar. A sonda Juno chegou ao quinto país do Sistema Solar em 4 de julho de 2016 e assim, a cada 53 dias ela tem se aproximado do Planeta.
As primeiras conclusões sobre as observações estão sendo divulgadas em publicações científicas Science e Geophysical Research Letters.
"Pense em um monte de furacões, cada um do tamanho da Terra, todos tão espremidos uns aos outros que chegam a se tocar", explica Mike Janssen, da agência espacial americana. "Até mesmo entre os pesquisadores mais experientes, essas imagens de nuvens imensas rodopiando têm impressionado muito."
"(Com) essa observação mais próxima, constatamos que várias ideias que tínhamos (sobre Júpiter) eram incorretas e até mesmo ingênuas", afirma Scott Bolton, principal pesquisador do Instituto de Pesquisa de San Antonio, no Texas.
Os grandes ciclones que acabam cobrindo as altas latitudes do planeta somente agora estão sendo vistos em detalhes, já que as missões anteriores nunca conseguiram realmente olhar o planeta por cima e também por baixo, como a Juno tem conseguido.
Outra novidade está relacionada ao Radiômetro de Micro-ondas da Juno, que é capaz de detectar o comportamento abaixo da superfície de nuvens. Os seus dados indicam a presença de uma grande faixa de amônia que vai do topo da atmosfera até a maior profundeza que pode detectar.
"O que isso está nos dizendo é que Júpiter não está muito definido por dentro", diz Bolton. "Está completamente errada a ideia de que, uma vez que você vá além da luz solar, tudo será uniforme e tedioso. A realidade pode ser muito diferente dependendo de onde você olha."
"É a primeira vez que estamos olhando para dentro de Júpiter e o que estamos vendo é muito diferente do que tínhamos previsto", disse Scott Bolton, cientista-chefe da missão.
Nas camadas mais altas da atmosfera de Júpiter a temperatura é muito baixa. Deste modo, nas tempestades de lá, não existe chuva. De acordo com as pesquisas divulgadas, existe neve, tanto de água congelada como muito provavelmente de amônia também.
O movimento caótico das tempestades também é outro ponto que surpreendeu os pesquisadores, bem como a força do campo magnético, maior que o da Terra.
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