Dois anos após a IBM apresentar a tecnologia de 7 nanômetros conseguiu revelar ao mundo uma unidade com litografia de 5 nanômetros. O novo chip é fruto de uma parceria entre Samsung, GlobalFoundries e IBM.
Possui diversas características que o diferenciam dos processadores atuais, sua tecnologia de fabricação é o Extreme Ultraviolet (EUV) que permitiu colocar cerca de 30 bilhões de transistores em um chip. A maior parte dos chips produzidos na atualidade com 22 nanômetros ou menos utilizam o processo FinFET um tipo de estrutura que empilha os transitores. No entanto, este tipo de processo não pode ser utilizado na fabricação de chips menores que 7 nanômetros.
A IBM utilizou o processo GAAFET, sucessor do FinFET. Este processo de fabricação além de reduzir custos na produção dos chips também reduz a complexidade que existe na produção. A combinação do GAAFET com EUV (litografia que usa comprimento de onda muito curto) resulta na miniatura de chip, como resultado o de 5 nanômetros, podendo até mesmo em etapas posteriores chegar ao tamanho de 3 nanômetros.
Segundo a IBM, em um comparativo feito com um processador de 10 nanômetros que existe no processador Snapdragon 835, o ganho de desempenho do novo chip deve ser em torno de 40%, com redução de 75% de consumo de energia.
Como o chip de 7 nanômetros ainda não saiu dos laboratórios da IBM, o chip de 5 nanômetros deve demorar bem mais para ser comercializado. Empresas que se interessam pela tecnologia como a AMD, Qualcomm e a Samsung terão que esperar mais um pouquinho para ter acesso as tecnologias da fabricante IBM que pretende disponibilizar suas criações somente em 2018.
Mesmo assim, nossa espera vai continuar, teremos que aguardar o desenvolvimento dos processadores das empresas. Mas quando eles chegarem, tanto a performance quanto a duração da bateria dos smartphones devem melhorar e muito. De acordo com a IBM, a inovação também pode ser utilizada em sistemas de computação cognitiva e dispositivos de "internet das coisas".