Sem dúvidas a linha de smartphones que mais trouxe resultados para a Motorola em termos de vendas nos últimos anos foi a do Moto G. O seu lançamento avassalador, trouxe um aparelho que na época foi o melhor custo/benefício. Hoje a concorrência neste setor aumentou, com novas marcas e modelos, aliás, fora os correios, o que hoje não tem concorrência?
O Moto G é o aparelho que vocês mais procuram de ler reviews, comentários, comparativos, e afins. Foi testando ele por cerca de 15 dias que pude notar o trabalho da Motorola e dar os meus pitacos sobre o que foi feito.
Design e construção
O Moto G5 tem sua carcaça revestida em plástico e vidro. Em questão de beleza, nunca fui muito fã dos Moto G, é um estilo comum, padrão. Algo que você compra pela necessidade. A frente é toda revestida de vidro, ele tem uma borda de plástico dourado que sobressai à tela. Em termos de proteção é uma boa, afinal se o aparelho cair de chapa, será este plástico o absorvedor do impacto.
Continuando na face frontal, temos a câmera frontal, o fone de chamadas e o sensor infravermelho para focar as selfies. Na parte inferior temos o botão, ou melhor o sensor de impressões digitais, é ele parece muito com um botão home, mas é só o sensor que serve para desbloquear e bloquear o telefone.
Na face traseira temos a câmera, o flash que não é dual led, e a logo da Motorola. Essa capa traseira de plástico é removível, portanto ele não tem slot lateral de chip, que fica acoplado atrás da capa.
Dentro da parte de trás, temos a bateria, e os espaços para cartões. Eles são híbridos, ou seja, pode ser usado dois cartões SIM em conjunto, ou um cartão SIM e um SD.
As medidas do aparelho são de 9.5mm de espessura, 144.3 mm de altura por 73 mm de largura. Pesa 145 gramas.
Por ser leve ele tem uma pegada boa, dificilmente vai cair das mãos. Já eu estou cada vez mais adepto de smartphones finos e altos, como o LG G6. Para quem tem mãos pequenas um smartphone largo é difícil de agarrar e operar com apenas uma mão.
Hardware
Bem, o hardware consegue ser igual para pior que o antecessor. O que na prática em realizar tarefas multitasking sofreu para rodar. A otimização de memória não foi suficiente para concentrar todos os apps abertos em apenas 2GB de RAM, o que nos proporcionou alguns travamentos em ações cotidianas como rodar o feed de notícias do Facebook no aplicativo.
O processador Snapdragon 430 com 8 núcleos e 1.2GHz de processamento é inferior ao Snapdragon 617 de 1.5GHz do Moto G4, o reflexo disso está no relatório do AnTuTu que fez 45594 mil pontos no Moto G5 e 46261 pontos no Moto G4.
As melhorias na nova versão vieram por conta do armazenamento de 32GB, e 256GB no externo, comparado com os 16 e 128GB do G4. A tela ficou menor, agora com 5", usando tecnologia IPS e proteção Gorilla Glass 3, resolução FullHD. A GPU Adreno 505 conseguiu rodar vídeos sem travar, mas alguns jogos tiveram pequenas perdas de frames.
Bateria
A tela encolheu, vamos encolher a bateria, que agora é de 2800mAh, contra os 3000 do G4. Sabemos que a tela é o maior gargalo de consumo de bateria. Segundo a própria Qualcomm, o 430 é capaz de economizar mais energia. Em nossos testes, usando diariamente para assistir vídeos, atender chamadas, navegar pelas redes sociais e ler e-mails, conseguimos a duração de pouco mais de 12 horas, ou seja, certamente você terá 1 dia de carga para usar tranquilamente. Agora, não pense que assistir vídeos o dia inteiro você terá esta autonomia. Para recarregar o telefone por completo, gastamos cerca de 2:20h, deixando ele quieto.
Conjunto de câmeras
Bem, o app da câmera é o padrão do Android com algumas modificações feitas pela Motorola. Nelas podemos alterar o velocidade do obturador, ISO, compensação de exposição, balanço de branco e foco.
O teremos de números temos uma câmera de 13 megapixels com abertura f/2.0, que faz vídeos em FULLHD a 30 fps. Para um celular que não passa dos R$ 1000, pode ser uma boa opção de fotos. Em ambientes com pouca luz ele até se saiu bem.
Já a câmera frontal é de 5 megapixels, conta com este sensor frontal para focar melhor a imagem, as selfies ficaram boas, com qualidade mediana. Pixelizam em locais escuros, mas nada que outros telefones também não o façam.
Em ambientes muito iluminados ficou um pouco complicado de escolher o que focar e o que não estourar na imagem. Veja abaixo algumas fotos que tiramos na galeria de fotos feita com as câmeras do Moto G5.
Veja um comparativo de fotos com o Moto G5 e o Zenfone 3 Zoom:
Conectividade
O Moto G5 conta com as conectividades de rede GSM, GPRS, EDGE, HSPA+ 4G LTE. A Wi-Fi suporta A/B/G/N de (2.4 e 5GHZ). Tem a porta micro USB tradicional, fone de ouvidos 3.5mm. Conta com GPS, AGPS, GLONASS e BEIDU. Além dos sensores de impressão digital, giroscópio, acelerômetro, luz ambiente e sensor de proximidade. Tem rádio FM e não tem TV digital.
Sensor de impressões digitais
Ele fica posicionado na face frontal, tem capacidade de armazenar 10 dedos. Em nossos testes, poucas vezes ele foi inconsistente, na maior parte funcionou bem. O problema que já mencionei acima, é que ele poderia ser o botão home, afinal está posicionado num local tradicional. Ao lado dele poderia ter os dois botões capacitivos, que pouparia espaço da tela. Mas enfim, acho que pelo fato do botão ter opções de navegação em um toque, onde com gestos você consegue fazer ações no android, eles deixaram desta forma.
Benchmark
Fizemos alguns testes para comparar o Moto G5 com outros aparelhos nos rankings. Dentre eles, o AnTuTu que foi um dos pontos determinantes no review. No app de benchmark ele atingiu a marca de 45.143 pontos, comparando com o Moto G4 que teve 46.261 pontos, podemos chegar a conclusão que em termos de hardware no máximo os dois aparelhos empatam, o que é ruim para o Moto G5, que segundo a escala seria o sucessor.
Veja um comparativo de itens com o Zenfone 3:
Spec | Moto G5 | Zenfone 3 |
3D | 9.542 | 12.882 |
UX | 16.585 | 23.514 |
CPU | 14.376 | 20.571 |
RAM | 4.640 | 5.554 |
Total | 45.143 | 62.521 |
Software
A Motorola privilegia seus clientes com o famoso Android puro, ou quase isso. A marca aplica poucos aplicativos e funções próprias no software que é desenvolvido inicialmente pelo Google. Talvez por isso os usuários são quase sempre os primeiros a receberem atualizações de sistema.
No caso do G5, o Android 7.0 Nougat já vem instalado de fábrica (veja as novidades aqui). Das modificações, destaque para o Moto Tela, que dá funções inovadoras ao smartphone, como gestos, ações com o display desligado e até novas funcionalidades para o sensor de impressões digitais.
Se o usuário quiser, pode aposentar os botões digitais, abrindo espaço para que a tela seja toda utilizada pelo que interessa. Sem os botões na tela, você usa o sensor para realizar as tarefas como "voltar", "home" e "gerenciador de apps". Basta deslizar o dedo da direita para esquerda e voltar uma ação, tocar rapidamente para voltar para a home ou deslizar da esquerda para a direita a fim de ver os apps que você tem em funcionamento.
Além do Sistema atualizado, a Motorola garante pelo menos mais uma atualização para os usuários do Moto G5. Portanto, o Android O (sem nome ainda) vai correr pelas veias deste aparelho.
Veredicto
Não dá para negar que o Moto G5 vende sozinho pelo seu nome, se é um aparelho com bateria para um dia e câmeras moderadas que você está procurando, o Moto G5 pode ser uma opção a incluir na lista de comparação.
A Motorola deixou a desejar no aparelho, ele é o "queridinho" do povo brasileiro. O hardware chegou pior em comparação com seu antecessor, e o benchmark prova essa minha informação. Pelo preço sugerido de R$ 999 temos mais opções a considerar. A empresa vem lançando muitos aparelhos para diversas faixas de preços. O Moto G5 Plus é um bom telefone, já a sua versão standard poderia vir com preço de R$ 799.
Compre o aparelho nas lojas:
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