Agora é oficial. Após rumores em 2011, finalmente está marcada para o final de 2012, obviamente já apostando no Natal a chegada da Amazon oficialmente no Brasil. O maior case de e-commerce da história da Internet mundial, tema de livros, tema de palestras, aulas (inclusive as minhas) vai se instalar no Brasil apostando em um primeiro momento no Natal, onde o e-commerce pretende seguir os últimos anos com crescimento em vendas online acima dos 40% e em um segundo momento no potencial que o Brasil tem para o mercado de e-commerce, um mercado que deve faturar em 2016 a 22 bilhões de dólares, aproximadamente 40 bilhões de reais.
Eu sempre cito nas minhas aulas um diagrama de fácil entendimento para mostrar o por que acredita-se tanto no potencial das vendas online no país. Em um rápido estudo, e aposto nesse estudo, fecharemos o ano de 2012 com uma população aproximada de 200 milhões e fecharemos o ano com quase 95 internautas, ou seja, ainda nem a metade da população terá acesso a web.
O número de e-consumidores deve chegar a 40, ou seja, nem a metade de pessoas que acessam a web e apenas 20% da população nacional. Levando em conta que o Brasil é o país que fica mais horas online em todo o mundo, as pesquisas que mostram o quanto o brasileiro é apaixonado pelas Redes Sociais (já somos o 2º país que mais acessa Facebook e Twitter) e o quanto o Mobile cresce, fechando o 1º semestre de 2012 com cerca de 260 milhões de celulares ativos, não é difícil pensar no quanto as vendas online tendem a crescer, ainda mais com o aumento de renda das gerações X e Y.
Acredito que é pensando nisso que a Amazon vai entrar no país. Como toda mega operação ela não virá ao país com toda a sua estrutura. O mercado já aposta que ela virá apenas com produtos 100% digitais, até mesmo pela alta tributação do "país dos impostos". Seu primeiro objetivo é dominar 90% do mercado de venda de e-books uma vez que os brasileiros já são grandes compradores desse material no site americano, além disso, seria uma estratégia para ampliar as vendas do Kindle.
Mas o que muda no comportamento do e-consumidor? Bom, em um primeiro momento avalio que comprar na Amazon será, como já é, um status. O livro X vai custar (estou supondo) 10% mais caro na Amazon que em qualquer outro varejista online, mas "comprei na Amazon", para alguns, "os americanos são bem melhores que os brasileiros". Sindrome do cachorro vira-lata que temos ainda. Veja também sobre direitos do e-consumidor.
Outro fator será o fato da Amazon chegar com muita verba de mídia, o que fará com que os grandes players que temos hoje como Máquina de Vendas, B2W, Magazine Luiza e Nova.com comecem a repensar suas estratégias de mídia para 2013, uma vez que assim como fez a Dafiti no começo do ano passado, eles deverão aparecer em todos os cantos. Mídia espontânea é algo fácil de imaginar devido ao nome da empresa. Vamos lembrar a quantidade de veículos que abordaram o tema com a chegada da Apple ao Brasil e ainda falam.
O mercado de vendas vai mudar. Vai crescer, mais pessoas poderão se "empolgar" para comprar produtos online por que estão comprando na Amazon. Os serviços das concorrentes - já citadas - deverão melhorar e muito para não perder o relacionamento, pois a Amazon vai atrair a curiosidade para ela e pessoas vão sim deixar de comprar um ou outro produto na concorrência pela experiência de compra com a Amazon.
Enfim, vamos esperar para ver, mas muita coisa vai mudar!
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