Há algum tempo atrás, conversei com alguns amigos de uma empresa de mobile marketing que me disseram estar com uma grande demanda de projetos de lojas virtuais querendo ir para o mobile, isso me chamou bastante a atenção, afinal, as marcas de e-commerce precisam mesmo ampliar seus canais de relacionamento e vendas com os consumidores.
Não é nenhuma grande sacada querer entrar no mobile em um país com mais de 260 milhões de celulares ativos, sendo quase 70 milhões de smartphones, onde cerca de 140 milhões de pessoas detém esses aparelhos, o grande movimento para o crescimento se dá aos planos de incentivo para os celulares pré-pagos - quase 88% da base nacional - para acesso a internet. Isso fez com que milhares de pessoas pudessem acessar a rede via celular.
O mercado é enorme e as chances também. A grande sacada, na minha opinião, é como trabalhar o mobile. Ter um site amigável para abrir no celular não é boa prática. É obrigação. Ter um aplicativo não é diferencial, é necessário. Esses 2 itens são as ferramentas. Como vai se trabalhar essas ferramentas, ai sim está o grande diferencial do negócio. Como disse meu amigo Conrado Vaz em seu livro Google Marketing (atualmente a nova versão é a 8Ps de Marketing digital que eu recomendo a leitura) "o conteúdo é o rei" (aliás ele dedicou um capítulo a esse conceito). E é nesse conceito que os planners devem se atrelar ao pensar na entrada das marcas no mobile commerce, ou no m-commerce.
Atualmente eu trabalho em e-commerce e estou prestando consultoria a outras 2 lojas. Nos meus planos o mobile está inserido dentro do conceito que eu chamo de presença digital, onde defendo que um dos pilares é o uso dos celulares como plataforma de diversos atributos, mas entre eles dois fortes: Relacionamento e Vendas. Falar de e-commerce e não colocar a palavra "vendas" ao lado, é não entender bem o mercado que está atuando. Varejo são vendas. Não queira fugir disso. Ações de branding, relacionamento, engajamento, aumento de base são essenciais, desde que elas gerem vendas!
Segundo pesquisa da Nielsen, mais de 22% das pessoas fazem compras no PC após serem impactados em anúncios do mobile, porém 5% já fazem as compras dos aparelhos móveis. Na minha opinião, esse número é baixo devido a uma lista de dificuldades entre elas a péssima internet móvel (que para mim não é 3G e sim 0,02G), algumas lojas ainda serem versões do site para mobile - e não uma versão para mobile - e a dificuldade de navegação de celulares não touch screen. Esses são alguns pontos que eu entendo serem barreiras, mas claro, há alguns outros. Nos tablets, por exemplo, as pessoas buscam mais informação de produtos anunciados, o que mostra a tendência de gerar conteúdo relevante e exclusivo para o canal.
Em um mercado em crescimento quem sai na frente se destaca. Segundo matéria de um portal brasileiro, Netshoes, Pão de Açúcar e Hoteis.com já estão faturando alto com o m-commerce. A Netshoes, por exemplo, é um case de sucesso por ser pioneira no segmento de venda de produtos esportivos pela internet, está no DNA da marca inovar no meio e cada dia que passa ela prova que dá para inovar - e muito - na web. Segundo a matéria, a marca esperava 0,5% do seu faturamento vindo do mobile, mas o número pode chegar a 4% no final de 2013, diante a um faturamento de 1 bilhão de reais, dá para se ter uma ideia do quanto é lucrativo o mobile commerce para a marca.
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