Na segunda-feira (26), a Nasa informou que através do robô Opportunity, teve a oportunidade de presenciar uma tempestade de poeira no Planeta Vermelho. De acordo com a agência espacial, desde 1970 é a primeira vez que estão estudando este fenômeno na orbita e também através de uma estação meteorológica na superfície de Marte.
"Isto é agora uma tempestade de poeira regional", afirmou Rich Zurek, chefe científico para Marte do Jet Propulsion Laboratory (JPL), em Pasadena, Califórnia. "A tempestade cobre uma região bastante ampla com sua nuvem de poeira e em uma parte do planeta onde tormentas regionais no passado já provocaram tempestades de poeira globais", explicou Zurek.
"Uma coisa que queremos entender é por que motivo algumas tempestades marcianas de poeira chegam a este tamanho e deixam de crescer, enquanto outras continuam crescendo e se transformam em globais", acrescentou Zurek.
Após algumas décadas de observação, segundo a Nasa, os especialistas chegaram a conclusão que existe um fator temporal ligado às maiores tempestades de poeiras em Marte. A mais recente delas teve início há algumas semanas com o início da primavera no hemisfério sul.
No dia 16 de novembro, a sonda Mars conseguiu detectar um aquecimento da atmosfera acima cerca de 25 quilômetros da tormenta, o que fez com que a temperatura da região aumentasse em 25º Celsius.
Através dos equipamentos meteorológicos que estão no robô norte-americano Opportunity, em Marte desde 2004, foi possível também medir a mudança da pressão atmosférica.
Apesar do robô estar distante 1.300 quilômetros da tempestade, caso continue se expandindo, o Opportunity poderá ser afetado, já que seu funcionamento depende da energia solar. Diferente do jipe-robô Curiosity que funciona através de uma gerador nuclear.
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